quarta-feira, agosto 30, 2006
me AND you And everyone WE know # 2
Me and You and Everyone We Know is a poetic and penetrating observation of how people struggle to connect with one another in an isolating and contemporary world. Christine Jesperson is a lonely artist and “Eldercab” driver who uses her fantastical artistic visions to draw her aspirations and objects of desire closer to her. Richard Swersey (John Hawkes), a newly single shoe salesman and father of two boys, is prepared for amazing things to happen. But when he meets the captivating Christine, he panics. Life is not so oblique for Richard's seven-year-old Robby, who is having a risqué internet romance with a stranger, and his fourteen- year-old brother Peter who becomes the guinea pig for neighborhood girls— practicing for their future of romance and marriage.
In July's modern world, the mundane is transcendent and everyday people become radiant characters who speak their innermost thoughts, act on secret impulses, and experience truthful human moments that at times approach the surreal. They seek together-ness through tortured routes and find redemption in small moments that connect them to someone else on earth.
terça-feira, agosto 29, 2006
deus é brasileiro
How Will I Know Her?
Everybody is left behind by somebody. A parent flees the scene. One person is promoted while the other is not. A person moves to a new city. Somebody does not know we exist and we are too shy to tell them. An accident occurs, one person dies and the other one goes on living. Somebody makes new friends and leaves the old behind.
How Will I Know Her? is a web-based exhibit about being far from the one you love, for reasons that are out of your control. If this is the most common catastrophe, it is also the original muse, and certainly a good reason to make a movie, write a song, or riot. Losing someone is just the beginning. This project was launched in April 2002 and was initially commissioned by the International Short Film Festival in Oberhausen, Germany for a program on theme of "Catastrophe". After the project was completed we discovered that we missed listening to girls talk about loss. Also, we know that it is important to document and save things that have not traditionally been archived, so that other people can use them as a resource for their own ideas. When we meet new girls we ask them if they would like to participate in this project. They are photographed holding photographs of the ones they miss, and their sad tales are below. Note the true glamour of these missing people and teenage girls who love them.
How Will I Know Her? is a web-based exhibit about being far from the one you love, for reasons that are out of your control. If this is the most common catastrophe, it is also the original muse, and certainly a good reason to make a movie, write a song, or riot. Losing someone is just the beginning. This project was launched in April 2002 and was initially commissioned by the International Short Film Festival in Oberhausen, Germany for a program on theme of "Catastrophe". After the project was completed we discovered that we missed listening to girls talk about loss. Also, we know that it is important to document and save things that have not traditionally been archived, so that other people can use them as a resource for their own ideas. When we meet new girls we ask them if they would like to participate in this project. They are photographed holding photographs of the ones they miss, and their sad tales are below. Note the true glamour of these missing people and teenage girls who love them.
Miranda July and Emma Hedditch, June 2002
segunda-feira, agosto 28, 2006
me AND you And everyone WE know
«nunca é tarde para ter uma infância feliz»-j.palma
quarta-feira, agosto 23, 2006
primeiros poemas # 27
# 27
antes de dormir
..........esta madrugada
li à luz de uma vela enorme que arde como quem reza
os versos tristes dos salmos de salomão
ele escreveu-os para não ter de admitir
o seu profundo abandono
..........a sua incomensurável desilusão: salomão
..........que era rei e mandou construir a primeira casa de javé
......................(toda a gente sabe disso)
salomão viveu para construir
..........erguer
..........grandes coisas
coisas como pensamentos...........,rituais............,orações
casas onde se guardaram os sagrados tesouros.....:a
arca da eterna aliança – que afinal teve tanto poder
que nem deus a protegeu – :o cajado de moisés
...........o primeiro [?] báculo de poder da humanidade
tão santo que
perante ele até
cristo se enojou
salomão fez o que as profecias lhe destinaram
vivendo para consumar um amor
que deus esmagou
talvez o seu templo fosse realmente a casa de javé
talvez ali os anjos tenham pernoitado
talvez sobre aquele lugar a estrela da manhã tenha brilhado mais
talvez ali…
mas o amor de salomão não escorria senão como sangue
pelas pedras polidas daquele edifício
o amor de salomão foi sempre o fogo que consome o corpo
e a água que afoga a mente
obrigado à perda
o seu amor afastado para um país longe – ele – rei dos reis
elevou nos cânticos o verdadeiro templo
...........não o desenhado por hiram – grande arquitecto
mas o verdadeiro templo
o do universo
em salmos
enviados secretamente com a brisa quente do líbano
dessa antiga jerusalém terrestre – pelo espaço –
à rainha insubmissa que entre o amor e a sabedoria
escolheu a sabedoria dos enigmas
matando a sabedoria íntima do amor
e a vida concreta daquele homem
:rei dos reis – filho de david
solitário
com os seus cânticos templários
antes de dormir
..........esta madrugada
li à luz de uma vela enorme que arde como quem reza
os versos tristes dos salmos de salomão
ele escreveu-os para não ter de admitir
o seu profundo abandono
..........a sua incomensurável desilusão: salomão
..........que era rei e mandou construir a primeira casa de javé
......................(toda a gente sabe disso)
salomão viveu para construir
..........erguer
..........grandes coisas
coisas como pensamentos...........,rituais............,orações
casas onde se guardaram os sagrados tesouros.....:a
arca da eterna aliança – que afinal teve tanto poder
que nem deus a protegeu – :o cajado de moisés
...........o primeiro [?] báculo de poder da humanidade
tão santo que
perante ele até
cristo se enojou
salomão fez o que as profecias lhe destinaram
vivendo para consumar um amor
que deus esmagou
talvez o seu templo fosse realmente a casa de javé
talvez ali os anjos tenham pernoitado
talvez sobre aquele lugar a estrela da manhã tenha brilhado mais
talvez ali…
mas o amor de salomão não escorria senão como sangue
pelas pedras polidas daquele edifício
o amor de salomão foi sempre o fogo que consome o corpo
e a água que afoga a mente
obrigado à perda
o seu amor afastado para um país longe – ele – rei dos reis
elevou nos cânticos o verdadeiro templo
...........não o desenhado por hiram – grande arquitecto
mas o verdadeiro templo
o do universo
em salmos
enviados secretamente com a brisa quente do líbano
dessa antiga jerusalém terrestre – pelo espaço –
à rainha insubmissa que entre o amor e a sabedoria
escolheu a sabedoria dos enigmas
matando a sabedoria íntima do amor
e a vida concreta daquele homem
:rei dos reis – filho de david
solitário
com os seus cânticos templários
primeiros poemas # 26
# 26
há uma neve baça que me mantém recluso
dos meus próprios olhos
como alguém que anda por um campo de flores
e as esmaga sem sentir nada
nem sequer a fragrância da morte das rosas
ou o grito de martírio dos brincos-de-princesa
há uma neve baça que me mantém recluso
dos meus próprios olhos
como alguém que anda por um campo de flores
e as esmaga sem sentir nada
nem sequer a fragrância da morte das rosas
ou o grito de martírio dos brincos-de-princesa
primeiros poemas # 25
# 25
à janela...........,na visão dos jarros
..........nos canteiros do claustro
,senti-me alguém com o defeito de poder voar
..........!ah...........,poder cair desamparado
..........sobre um canteiro
,cair como o sol se derrama...........,de olhos fechados
,enfrentando a vertigem
sobre a multidão de terra que todos os dias morre
levantei a cabeça na direcção de um horizonte que já não há e
vi-o
...........como sempre tinha imaginado que era
.................nem homem
.....................nem menino
.........................nem mulher –
: um ser...........,um sino,..........um sino-ser –
..........adormecido nos braços – não sei de quem
– parecia mãe – não dele – mãe de tudo
,do mundo – de mim – do claustro
,dos jarros nos canteiros lá em baixo
ele viu-me............,soube
que eu o vi
não se riu
nem qualquer expressão nobre e luminosa e inspiradora
saiu do seu rosto – olhava com aflição
parecia sentir-se envergonhado naquela nudez perpétua
fugi..........,acendi incenso
..............um incenso de oferenda
..............incenso que apenas se consome
..............num ritual todo muito delicado
..............e odorífero
e mesmo sabendo impossível
desejei enviar esse perfume numa brisa de cabelos brancos
a esse menino-adulto ou adulto-menino
..............juntaria os meus lábios frios aos seus lábios frios
e como uma oração de inverno diria
o seu nome...........,quase soletrado
: menino satã........,pequeno divino sol
à janela...........,na visão dos jarros
..........nos canteiros do claustro
,senti-me alguém com o defeito de poder voar
..........!ah...........,poder cair desamparado
..........sobre um canteiro
,cair como o sol se derrama...........,de olhos fechados
,enfrentando a vertigem
sobre a multidão de terra que todos os dias morre
levantei a cabeça na direcção de um horizonte que já não há e
vi-o
...........como sempre tinha imaginado que era
.................nem homem
.....................nem menino
.........................nem mulher –
: um ser...........,um sino,..........um sino-ser –
..........adormecido nos braços – não sei de quem
– parecia mãe – não dele – mãe de tudo
,do mundo – de mim – do claustro
,dos jarros nos canteiros lá em baixo
ele viu-me............,soube
que eu o vi
não se riu
nem qualquer expressão nobre e luminosa e inspiradora
saiu do seu rosto – olhava com aflição
parecia sentir-se envergonhado naquela nudez perpétua
fugi..........,acendi incenso
..............um incenso de oferenda
..............incenso que apenas se consome
..............num ritual todo muito delicado
..............e odorífero
e mesmo sabendo impossível
desejei enviar esse perfume numa brisa de cabelos brancos
a esse menino-adulto ou adulto-menino
..............juntaria os meus lábios frios aos seus lábios frios
e como uma oração de inverno diria
o seu nome...........,quase soletrado
: menino satã........,pequeno divino sol
quarta-feira, agosto 16, 2006
primeiros poemas # 24
# 24
praia das maçãs
estes versos que te mando
...........não são versos
se fossem versos nada conteriam
que não fosse literatura............,mas
soam a versos
............e isso perturba
como uma cor de céu............,londrina ou berlinense
estes versos que te mando
.....são
........de facto
...............os versos
de uma tarde que não verei nunca mais
e as letras soam como talheres
batendo na prata de uma baixela
aqui não há gente de cá
nem nada que se pareça com o céu
dos outros lados...........,o mar
alastra pela praia e na ravina estendem-se
pequenas e poucas
flores-de-lis
roxas
como uma espécie de clero
e o resto são corpos mirrados
e idade antiga............,não muito
,média
e de uma padaria sobem fumos de carvão e perfume a gás
tinha mais coisas para te dizer............:irmão
mas...........chove............– medito num livro sobre
ocidentais indianos e cheira-me a mim
numa palidez odorífera de sotaina
como podes ver estes versos
não são versos...........,mas soam
repugnantes a cúria romana...........,inquisidores que
na serra da lua inspeccionam centímetro a centímetro
os locais onde......,secretos.....,ainda relincham em cavernas
os grandes místicos do passado
praia das maçãs
estes versos que te mando
...........não são versos
se fossem versos nada conteriam
que não fosse literatura............,mas
soam a versos
............e isso perturba
como uma cor de céu............,londrina ou berlinense
estes versos que te mando
.....são
........de facto
...............os versos
de uma tarde que não verei nunca mais
e as letras soam como talheres
batendo na prata de uma baixela
aqui não há gente de cá
nem nada que se pareça com o céu
dos outros lados...........,o mar
alastra pela praia e na ravina estendem-se
pequenas e poucas
flores-de-lis
roxas
como uma espécie de clero
e o resto são corpos mirrados
e idade antiga............,não muito
,média
e de uma padaria sobem fumos de carvão e perfume a gás
tinha mais coisas para te dizer............:irmão
mas...........chove............– medito num livro sobre
ocidentais indianos e cheira-me a mim
numa palidez odorífera de sotaina
como podes ver estes versos
não são versos...........,mas soam
repugnantes a cúria romana...........,inquisidores que
na serra da lua inspeccionam centímetro a centímetro
os locais onde......,secretos.....,ainda relincham em cavernas
os grandes místicos do passado
sábado, agosto 12, 2006
primeiros poemas # 23
#23
fico melhor assim...........,como um rochedo colossal
...........,um desmedido bloco de granizo
a desabar em chuva redonda
...........a esmagar toda a gente
sentindo felicidade por isso...........,afinal
estou a salvá-los de uma morte simples e silenciosa
gosto de cair desamparado sobre os seres
........rochoso
........pesado
........esmagador
a praia é todo um universo de coisas incríveis
e há pessoas a brincar e a discutir e a chorar e a tentar morrer afogado
.......(por casualidade)
e deus dorme dentro da alma dos rapazes
,quase selvagens
,de uma áfrica urbana –
trazidos por correntes..........,dessas colónias
........(de férias)
com trapos à roda da cintura e os troncos nus marcados
por uma pele sem seda – até costumo encontrar uma senhora
que toca piano literariamente
numa barraca riscada...........,está morta há cinquenta anos
e não descansa em paz porque ninguém a tira daqui
continua a imaginar-se menina e talvez ainda veja
.............como antigamente se via
maçãs
vindo pela ribeira dar ao mar já maduras
– ando pelo céu.............,assim todo feito pedregulho
não posso deixar de ter outro pensamento que não seja
o de cair desabado sobre toda esta fauna de mortos
e vivos presos no limbo da terra onde no verão comem saladas e melão
estou melhor assim
:imenso e simples – antiquíssimo menir
..........de gelo
..........no verão
feito desencarnador de almas vivas e libertador de almas falecidas
a esta praia já não vêm dar maçãs
as crianças são todas iguais umas às outras e nem os pais as
distinguem umas das outras…
… numa teia de nuvens
espero
o momento feliz
de cair sobre todos
fico melhor assim...........,como um rochedo colossal
...........,um desmedido bloco de granizo
a desabar em chuva redonda
...........a esmagar toda a gente
sentindo felicidade por isso...........,afinal
estou a salvá-los de uma morte simples e silenciosa
gosto de cair desamparado sobre os seres
........rochoso
........pesado
........esmagador
a praia é todo um universo de coisas incríveis
e há pessoas a brincar e a discutir e a chorar e a tentar morrer afogado
.......(por casualidade)
e deus dorme dentro da alma dos rapazes
,quase selvagens
,de uma áfrica urbana –
trazidos por correntes..........,dessas colónias
........(de férias)
com trapos à roda da cintura e os troncos nus marcados
por uma pele sem seda – até costumo encontrar uma senhora
que toca piano literariamente
numa barraca riscada...........,está morta há cinquenta anos
e não descansa em paz porque ninguém a tira daqui
continua a imaginar-se menina e talvez ainda veja
.............como antigamente se via
maçãs
vindo pela ribeira dar ao mar já maduras
– ando pelo céu.............,assim todo feito pedregulho
não posso deixar de ter outro pensamento que não seja
o de cair desabado sobre toda esta fauna de mortos
e vivos presos no limbo da terra onde no verão comem saladas e melão
estou melhor assim
:imenso e simples – antiquíssimo menir
..........de gelo
..........no verão
feito desencarnador de almas vivas e libertador de almas falecidas
a esta praia já não vêm dar maçãs
as crianças são todas iguais umas às outras e nem os pais as
distinguem umas das outras…
… numa teia de nuvens
espero
o momento feliz
de cair sobre todos
quarta-feira, agosto 09, 2006
primeiros poemas # 22
# 22
talvez fosse um gato com umas grandes orelhas
ou leão exageradamente pequeno
............? um pássaro com juba
em beirute as bombas caem sobre os templos
? onde andará o «louco» de gibran
em caná onde jesus abençoou os noivos dando-lhes a beber
......o vinho novo de uma nova era voa agora o pó triste do mar morto
talvez fosse um cão alado de olhos verdes e ossos de dragão
ou um dragão exageradamente cão
.............? um peixe-réptil com unhas
em tiro os mísseis fazem arder as árvores de madeira escura
com que um dia hiram construiu o templo de salomão
numa noite de tiros e gente sangrada na praia
no céu do líbano
talvez fosse um gato com umas grandes orelhas
ou um leão exageradamente pequeno
.............? pássaro com juba
abençoava os vivos que combatiam contra os canhões com risos de cítara
ou
talvez fosse um cão alado de olhos verdes e ossos de dragão
ou um dragão exageradamente cão
.............? um peixe-réptil com unhas
? onde andará o «louco» de gibran
talvez fosse um gato com umas grandes orelhas
ou leão exageradamente pequeno
............? um pássaro com juba
em beirute as bombas caem sobre os templos
? onde andará o «louco» de gibran
em caná onde jesus abençoou os noivos dando-lhes a beber
......o vinho novo de uma nova era voa agora o pó triste do mar morto
talvez fosse um cão alado de olhos verdes e ossos de dragão
ou um dragão exageradamente cão
.............? um peixe-réptil com unhas
em tiro os mísseis fazem arder as árvores de madeira escura
com que um dia hiram construiu o templo de salomão
numa noite de tiros e gente sangrada na praia
no céu do líbano
talvez fosse um gato com umas grandes orelhas
ou um leão exageradamente pequeno
.............? pássaro com juba
abençoava os vivos que combatiam contra os canhões com risos de cítara
ou
talvez fosse um cão alado de olhos verdes e ossos de dragão
ou um dragão exageradamente cão
.............? um peixe-réptil com unhas
? onde andará o «louco» de gibran
primeiros poemas # 21
# 21
ouço-te ao telefone e desejo-te saúde
e chuva e dias compridos de verão quando o inverno
é nítido como o bater do coração ou o pulsar dos pulmões
gosto de pensar que estás longe
e que nada nos voltará a aproximar
ao telefone a inocência não é possível
............e a inocência obriga-nos a amar
ouço-te ao telefone e não te vejo
e por isso posso desejar-te coisas boas
como perfumes e cores – o meu corpo fica mais calmo
a meu olhar mais sorriso e os homens à minha volta
parecem-me menos brutos e imbecis e até
talvez
possa dizer..........,silente
,que a minha vida existe e é ampla e florescida
como uma criança despida prestes a adormecer
ouço-te ao telefone e desejo-te saúde
e chuva e dias compridos de verão quando o inverno
é nítido como o bater do coração ou o pulsar dos pulmões
gosto de pensar que estás longe
e que nada nos voltará a aproximar
ao telefone a inocência não é possível
............e a inocência obriga-nos a amar
ouço-te ao telefone e não te vejo
e por isso posso desejar-te coisas boas
como perfumes e cores – o meu corpo fica mais calmo
a meu olhar mais sorriso e os homens à minha volta
parecem-me menos brutos e imbecis e até
talvez
possa dizer..........,silente
,que a minha vida existe e é ampla e florescida
como uma criança despida prestes a adormecer
primeiros poemas # 20
# 20
o que vejo de mim é um recorte de mim
..........um cheiro...........,nem
sombra lhe poderei chamar
,vejo-me
e estou de acordo
? porque haveria de discordar do que vejo de mim
? porque haveria de achar mal ou bem a decadência
escrevo sobre isto para não pensar sobre isto
escrever é celebrar a ausência de pensamento
não há em mim nenhuma oração
nenhuma celebração
..........rito ou contemplação
há um resto físico que se mostra
falo sobre isto para não escrever
não escrever é dizer o que o pensamento manda
e neste momento não escrevo porque estou a pensar
neste meio-dia de agosto
sou um espelho de prata fugido da natureza
e estando.....,como estou.....,sempre a morrer
e a renascer..........,procuro na doença
a palavra escrita de uma musicalidade contínua
que......,não me salvando.....,faz de mim a oferenda
pura e santa que deixo a todos os mundos que serei
o que vejo de mim é um recorte de mim
..........um cheiro...........,nem
sombra lhe poderei chamar
,vejo-me
e estou de acordo
? porque haveria de discordar do que vejo de mim
? porque haveria de achar mal ou bem a decadência
escrevo sobre isto para não pensar sobre isto
escrever é celebrar a ausência de pensamento
não há em mim nenhuma oração
nenhuma celebração
..........rito ou contemplação
há um resto físico que se mostra
falo sobre isto para não escrever
não escrever é dizer o que o pensamento manda
e neste momento não escrevo porque estou a pensar
neste meio-dia de agosto
sou um espelho de prata fugido da natureza
e estando.....,como estou.....,sempre a morrer
e a renascer..........,procuro na doença
a palavra escrita de uma musicalidade contínua
que......,não me salvando.....,faz de mim a oferenda
pura e santa que deixo a todos os mundos que serei
primeiros poemas # 19
# 19
… mas as minhas mãos tremiam
na verdade............,julguei
ter ido baptizar uma criança
não
naquela tarde eu é que fui baptizado
o sacerdote não era eu
o sacerdote foi o cão negro que me deu entrada
apenas com o olhar
nesse quarto radioso onde cristo dorme
… mas as minhas mãos tremiam
na verdade............,julguei
ter ido baptizar uma criança
não
naquela tarde eu é que fui baptizado
o sacerdote não era eu
o sacerdote foi o cão negro que me deu entrada
apenas com o olhar
nesse quarto radioso onde cristo dorme
domingo, agosto 06, 2006
se o amor existe....
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vue deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te raconterai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas