sábado, agosto 12, 2006
primeiros poemas # 23
#23
fico melhor assim...........,como um rochedo colossal
...........,um desmedido bloco de granizo
a desabar em chuva redonda
...........a esmagar toda a gente
sentindo felicidade por isso...........,afinal
estou a salvá-los de uma morte simples e silenciosa
gosto de cair desamparado sobre os seres
........rochoso
........pesado
........esmagador
a praia é todo um universo de coisas incríveis
e há pessoas a brincar e a discutir e a chorar e a tentar morrer afogado
.......(por casualidade)
e deus dorme dentro da alma dos rapazes
,quase selvagens
,de uma áfrica urbana –
trazidos por correntes..........,dessas colónias
........(de férias)
com trapos à roda da cintura e os troncos nus marcados
por uma pele sem seda – até costumo encontrar uma senhora
que toca piano literariamente
numa barraca riscada...........,está morta há cinquenta anos
e não descansa em paz porque ninguém a tira daqui
continua a imaginar-se menina e talvez ainda veja
.............como antigamente se via
maçãs
vindo pela ribeira dar ao mar já maduras
– ando pelo céu.............,assim todo feito pedregulho
não posso deixar de ter outro pensamento que não seja
o de cair desabado sobre toda esta fauna de mortos
e vivos presos no limbo da terra onde no verão comem saladas e melão
estou melhor assim
:imenso e simples – antiquíssimo menir
..........de gelo
..........no verão
feito desencarnador de almas vivas e libertador de almas falecidas
a esta praia já não vêm dar maçãs
as crianças são todas iguais umas às outras e nem os pais as
distinguem umas das outras…
… numa teia de nuvens
espero
o momento feliz
de cair sobre todos
fico melhor assim...........,como um rochedo colossal
...........,um desmedido bloco de granizo
a desabar em chuva redonda
...........a esmagar toda a gente
sentindo felicidade por isso...........,afinal
estou a salvá-los de uma morte simples e silenciosa
gosto de cair desamparado sobre os seres
........rochoso
........pesado
........esmagador
a praia é todo um universo de coisas incríveis
e há pessoas a brincar e a discutir e a chorar e a tentar morrer afogado
.......(por casualidade)
e deus dorme dentro da alma dos rapazes
,quase selvagens
,de uma áfrica urbana –
trazidos por correntes..........,dessas colónias
........(de férias)
com trapos à roda da cintura e os troncos nus marcados
por uma pele sem seda – até costumo encontrar uma senhora
que toca piano literariamente
numa barraca riscada...........,está morta há cinquenta anos
e não descansa em paz porque ninguém a tira daqui
continua a imaginar-se menina e talvez ainda veja
.............como antigamente se via
maçãs
vindo pela ribeira dar ao mar já maduras
– ando pelo céu.............,assim todo feito pedregulho
não posso deixar de ter outro pensamento que não seja
o de cair desabado sobre toda esta fauna de mortos
e vivos presos no limbo da terra onde no verão comem saladas e melão
estou melhor assim
:imenso e simples – antiquíssimo menir
..........de gelo
..........no verão
feito desencarnador de almas vivas e libertador de almas falecidas
a esta praia já não vêm dar maçãs
as crianças são todas iguais umas às outras e nem os pais as
distinguem umas das outras…
… numa teia de nuvens
espero
o momento feliz
de cair sobre todos