quarta-feira, agosto 23, 2006
primeiros poemas # 25
# 25
à janela...........,na visão dos jarros
..........nos canteiros do claustro
,senti-me alguém com o defeito de poder voar
..........!ah...........,poder cair desamparado
..........sobre um canteiro
,cair como o sol se derrama...........,de olhos fechados
,enfrentando a vertigem
sobre a multidão de terra que todos os dias morre
levantei a cabeça na direcção de um horizonte que já não há e
vi-o
...........como sempre tinha imaginado que era
.................nem homem
.....................nem menino
.........................nem mulher –
: um ser...........,um sino,..........um sino-ser –
..........adormecido nos braços – não sei de quem
– parecia mãe – não dele – mãe de tudo
,do mundo – de mim – do claustro
,dos jarros nos canteiros lá em baixo
ele viu-me............,soube
que eu o vi
não se riu
nem qualquer expressão nobre e luminosa e inspiradora
saiu do seu rosto – olhava com aflição
parecia sentir-se envergonhado naquela nudez perpétua
fugi..........,acendi incenso
..............um incenso de oferenda
..............incenso que apenas se consome
..............num ritual todo muito delicado
..............e odorífero
e mesmo sabendo impossível
desejei enviar esse perfume numa brisa de cabelos brancos
a esse menino-adulto ou adulto-menino
..............juntaria os meus lábios frios aos seus lábios frios
e como uma oração de inverno diria
o seu nome...........,quase soletrado
: menino satã........,pequeno divino sol
à janela...........,na visão dos jarros
..........nos canteiros do claustro
,senti-me alguém com o defeito de poder voar
..........!ah...........,poder cair desamparado
..........sobre um canteiro
,cair como o sol se derrama...........,de olhos fechados
,enfrentando a vertigem
sobre a multidão de terra que todos os dias morre
levantei a cabeça na direcção de um horizonte que já não há e
vi-o
...........como sempre tinha imaginado que era
.................nem homem
.....................nem menino
.........................nem mulher –
: um ser...........,um sino,..........um sino-ser –
..........adormecido nos braços – não sei de quem
– parecia mãe – não dele – mãe de tudo
,do mundo – de mim – do claustro
,dos jarros nos canteiros lá em baixo
ele viu-me............,soube
que eu o vi
não se riu
nem qualquer expressão nobre e luminosa e inspiradora
saiu do seu rosto – olhava com aflição
parecia sentir-se envergonhado naquela nudez perpétua
fugi..........,acendi incenso
..............um incenso de oferenda
..............incenso que apenas se consome
..............num ritual todo muito delicado
..............e odorífero
e mesmo sabendo impossível
desejei enviar esse perfume numa brisa de cabelos brancos
a esse menino-adulto ou adulto-menino
..............juntaria os meus lábios frios aos seus lábios frios
e como uma oração de inverno diria
o seu nome...........,quase soletrado
: menino satã........,pequeno divino sol