sábado, outubro 20, 2007
... depois da longa pausa...
depois de uma longa pausa continuamos aqui
quinta-feira, julho 26, 2007
... de novo
S.A. regressa dentro de momentos...
momentos de ANTERO
momentos de ANTERO
domingo, fevereiro 25, 2007
AR LÍQUIDO 3
Rádio Comercial
a) – eu sei, há dias em que estamos a mais.
b) – eu sei, há dias em estamos muito mais sensíveis.
c) – eu sei, EU SEI! há dias em que estamos desesperadamente mais sensíveis.
mas que diabo, hoje tirei os pés da cama às cinco da manhã e estou dessa hora a ouvir uma tipa a grunhir o seu próprio nome e passar uma trampa de música que não quero ouvir… não me venham com essa história mudar de canal, estando em évora, só consigo sintonizar as «antenas – 1,2,3 -igiuais mas com mais estática- a TSF, que não oiço por razões politicas e religiosas, e esta coisa chamada COMERCIAL onde esta tipa pontifica
mas nem é isso que me chateia mais, o pior é a voz da apresentadora… não, o pior são os temas que ela escolhe da «plaieliste»… não, o pior…deixa lá ver o pior, pior…
ah, é o jingle que há duas horas me esmaga o cérebro: «na nanana, TOCA ANIMAR!
senhore directores de programas (não sei se aquilo agora tem mais do que um), eu estou a trabalhar não quero animar, minha menina NÃO QUERO ANIMAR CONTIGO! muito menos com programa que se chama «vitamina»….
Frederico Mira George
b) – eu sei, há dias em estamos muito mais sensíveis.
c) – eu sei, EU SEI! há dias em que estamos desesperadamente mais sensíveis.
mas que diabo, hoje tirei os pés da cama às cinco da manhã e estou dessa hora a ouvir uma tipa a grunhir o seu próprio nome e passar uma trampa de música que não quero ouvir… não me venham com essa história mudar de canal, estando em évora, só consigo sintonizar as «antenas – 1,2,3 -igiuais mas com mais estática- a TSF, que não oiço por razões politicas e religiosas, e esta coisa chamada COMERCIAL onde esta tipa pontifica
mas nem é isso que me chateia mais, o pior é a voz da apresentadora… não, o pior são os temas que ela escolhe da «plaieliste»… não, o pior…deixa lá ver o pior, pior…
ah, é o jingle que há duas horas me esmaga o cérebro: «na nanana, TOCA ANIMAR!
senhore directores de programas (não sei se aquilo agora tem mais do que um), eu estou a trabalhar não quero animar, minha menina NÃO QUERO ANIMAR CONTIGO! muito menos com programa que se chama «vitamina»….
Frederico Mira George
quinta-feira, fevereiro 15, 2007
THE GIFT
Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender
Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer
Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender
É o amor, que chega ao fim,
um final assim,assim é mais fácil de entender
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender!
The gift
Talvez por saber o que não será melhor, Aproximei
Meu corpo é o teu corpo o desejo entregue a nós
Sei lá eu o que queres dizer, Despedir-me de ti
Adeus um dia voltarei a ser feliz
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei, o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender
Talvez por não saber falar de cor, Imaginei
Triste é o virar de costas, o último adeus
Sabe Deus o que quero dizer
Obrigado por saberes cuidar de mim,
Tratar de mim, olhar para mim, escutar quem sou,
e se ao menos tudo fosse igual a ti
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender
É o amor, que chega ao fim,
um final assim,assim é mais fácil de entender
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor,
não sei o que é sentir, se por falar falei
Pensei que se falasse era fácil de entender!
The gift
terça-feira, fevereiro 13, 2007
caligrafia inexplicável
# 39
espera ratinho, espera.
eu irei ao teu encontro.
nada de pressas. isto
que escrevo é só uma forma.
ou nem isso.
se esperares.
se fores paciente.
um dia.
poderás comer tudo o que escrevi.
domingo, 4 de Fevereiro de 2007
espera ratinho, espera.
eu irei ao teu encontro.
nada de pressas. isto
que escrevo é só uma forma.
ou nem isso.
se esperares.
se fores paciente.
um dia.
poderás comer tudo o que escrevi.
domingo, 4 de Fevereiro de 2007
caligrafia inexplicável
# 38
é assim.
o mar. acabou por deserdar
o.
fundo-do-mar-como-se-fosse-tinta-negra
-saindo-dos-pulsos.
não é desagradável, mas sente-se
uma leve pressão nos ouvidos.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
é assim.
o mar. acabou por deserdar
o.
fundo-do-mar-como-se-fosse-tinta-negra
-saindo-dos-pulsos.
não é desagradável, mas sente-se
uma leve pressão nos ouvidos.
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007
caligrafia inexplicável
# 37
«não te esquecerei! hoje.
não te esquecerei! amanhã.
não te esquecerei! ontem. mais
que isto não te posso prometer…»
estava eu com estes pensamentos
quando
caiu uma pedra.
não me lembro de quase nada.
estou numa cama de hospital.
no fundo do meu cérebro
nasce. com requintes aristocráticos. uma
nuvem de total esquecimento.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
«não te esquecerei! hoje.
não te esquecerei! amanhã.
não te esquecerei! ontem. mais
que isto não te posso prometer…»
estava eu com estes pensamentos
quando
caiu uma pedra.
não me lembro de quase nada.
estou numa cama de hospital.
no fundo do meu cérebro
nasce. com requintes aristocráticos. uma
nuvem de total esquecimento.
quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007
caligrafia inexplicável
# 36
minha pedra. minha pedra.
a tua vida é tão curta.
a tua existência…
eu
em-contra-partida-caí
no-infeliz-abismo-da eternidade terrestre.
mas encontrar-nos-emos.
sob rosa.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2007
minha pedra. minha pedra.
a tua vida é tão curta.
a tua existência…
eu
em-contra-partida-caí
no-infeliz-abismo-da eternidade terrestre.
mas encontrar-nos-emos.
sob rosa.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2007
quarta-feira, janeiro 31, 2007
caligrafia inexplicável
# 35
não sei se é real… fiquei
com a boca seca e isso distraiu-me.
chegámos a dizer adeus?
se não o dissemos não o devemos
dizer agora. nunca devemos
dizer adeus
depois de crescerem cadáveres:
vasos dentro de nós.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2007
não sei se é real… fiquei
com a boca seca e isso distraiu-me.
chegámos a dizer adeus?
se não o dissemos não o devemos
dizer agora. nunca devemos
dizer adeus
depois de crescerem cadáveres:
vasos dentro de nós.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2007
caligrafia inexplicável
# 34
qualquer coisa se desprendeu de mim.
alguma.
coisa. se. desprendeu
de mim. mas o quê?
quarta-feira, 29 de janeiro de 2007
qualquer coisa se desprendeu de mim.
alguma.
coisa. se. desprendeu
de mim. mas o quê?
quarta-feira, 29 de janeiro de 2007
domingo, janeiro 21, 2007
caligrafia inexplicável
# 33
para fiama hasse pais brandão, no dia da sua morte
leve, leve, fio
fio, fio leve, fio-
-leve, fio-ama.
domingo, 21 de janeiro de 2007
sábado, janeiro 20, 2007
caligrafia inexplicável
# 32
inadvertidamente, a mão caiu ao lago.
perto de richmond. bastaram
uns segundos
e a bater-me nos dedos
o.
ainda quente.
suicidário sapato de virgínia w.
sábado, 20 de janeiro de 2007
inadvertidamente, a mão caiu ao lago.
perto de richmond. bastaram
uns segundos
e a bater-me nos dedos
o.
ainda quente.
suicidário sapato de virgínia w.
sábado, 20 de janeiro de 2007
sexta-feira, janeiro 12, 2007
caligrafia inexplicável
# 31
acordei.
madrugada e dei com ele.
mário! gritei. gri-
tei. madrugada.
eu acordado, chamei. mário!
em resposta. numa sentença
correctiva. apenas um:
«cesariny» gritei! gri-
tei…
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
acordei.
madrugada e dei com ele.
mário! gritei. gri-
tei. madrugada.
eu acordado, chamei. mário!
em resposta. numa sentença
correctiva. apenas um:
«cesariny» gritei! gri-
tei…
sexta-feira, 12 de janeiro de 2007
caligrafia inexplicável
# 30
acredito nesses seres translúcidos que me
atravessam a cabeça. e
põem.
pontos finais nos pensamentos.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
acredito nesses seres translúcidos que me
atravessam a cabeça. e
põem.
pontos finais nos pensamentos.
quarta-feira, 10 de janeiro de 2007
quarta-feira, janeiro 10, 2007
caligrafia inexplicável
# 29
encontrei um mapa pousado nas
folhas de uma agenda. portugal.
estava escrito. a negro sobre um
desenho de país com a espinha torta.
à frente um tal «atlântico». atrás.
uma.
tal.
«espanha».
clima moderado
de resto nada a acrescentar.
terça-feira, 9 de janeiro de 2007
encontrei um mapa pousado nas
folhas de uma agenda. portugal.
estava escrito. a negro sobre um
desenho de país com a espinha torta.
à frente um tal «atlântico». atrás.
uma.
tal.
«espanha».
clima moderado
de resto nada a acrescentar.
terça-feira, 9 de janeiro de 2007
terça-feira, janeiro 09, 2007
caligrafia inexplicável
# 28
que nome hei-de dar a este pássaro com este.
lago. dentro.
dele?
chamar-lhe-ei estufa? cisne?
aurora? seja que nome for que lhe ponha
ele não virá ter à minha pele. são demasiadas.
as facas.
que o intimidam.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
que nome hei-de dar a este pássaro com este.
lago. dentro.
dele?
chamar-lhe-ei estufa? cisne?
aurora? seja que nome for que lhe ponha
ele não virá ter à minha pele. são demasiadas.
as facas.
que o intimidam.
segunda-feira, 8 de janeiro de 2007
segunda-feira, janeiro 08, 2007
caligrafia inexplicável
# 27
já é.
tarde para tocar sinos.
ou. acender o aquário na fornalha do cachimbo.
deixaste passar o perfume da lua cheia.
ficou uma.
luz serena. um halo gigante.
na boca.
domingo, 7 de janeiro de 2007
já é.
tarde para tocar sinos.
ou. acender o aquário na fornalha do cachimbo.
deixaste passar o perfume da lua cheia.
ficou uma.
luz serena. um halo gigante.
na boca.
domingo, 7 de janeiro de 2007
quarta-feira, janeiro 03, 2007
caligrafia inexplicável
# 26
como são mateus diria, digo:
naquele tempo,
salvávamos a vida a caracóis e a outros
pequenos animais.
pombos.
também.
acendíamos incenso. recitávamos.
compassivas orações e.
respirávamos fundo.
hoje.
só.
o.
incenso persiste em nos manter unidos.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
como são mateus diria, digo:
naquele tempo,
salvávamos a vida a caracóis e a outros
pequenos animais.
pombos.
também.
acendíamos incenso. recitávamos.
compassivas orações e.
respirávamos fundo.
hoje.
só.
o.
incenso persiste em nos manter unidos.
quarta-feira, 3 de janeiro de 2007
terça-feira, janeiro 02, 2007
caligrafia inexplicável
#25
disseste-me qualquer coisa ao telefone
que
me
fez rir e que agora não consigo recordar.
foi um riso anémico. antinatural. mas.
foi.
e isso já é muito.
entretanto. uma vespa entrou no carro
e o dia arrefeceu bastante.
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
disseste-me qualquer coisa ao telefone
que
me
fez rir e que agora não consigo recordar.
foi um riso anémico. antinatural. mas.
foi.
e isso já é muito.
entretanto. uma vespa entrou no carro
e o dia arrefeceu bastante.
terça-feira, 2 de janeiro de 2007
segunda-feira, janeiro 01, 2007
caligrafia inexplicável
# 24
à espera do fim. um cigarro.
que formiga!... estrela do mar.
a cinza cai, é a cigarra. conchinha
madrepérola
ou rosa.
ou leite.
hoje chegou ao fim esta teia. dor?
buda!
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
à espera do fim. um cigarro.
que formiga!... estrela do mar.
a cinza cai, é a cigarra. conchinha
madrepérola
ou rosa.
ou leite.
hoje chegou ao fim esta teia. dor?
buda!
segunda-feira, 1 de janeiro de 2007
quarta-feira, dezembro 27, 2006
caligrafia inexplicável
#23
eram dois anéis à espera do fim,
na ponta de um pincel.
e o pincel durava, durava, durava.
desenhava, desenhava.
desenhava.
e os anéis à espera do fim. imobilizados.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
eram dois anéis à espera do fim,
na ponta de um pincel.
e o pincel durava, durava, durava.
desenhava, desenhava.
desenhava.
e os anéis à espera do fim. imobilizados.
quarta-feira, 27 de dezembro de 2006
caligrafia inexplicável
# 22
oh! uma osga sentimental. sei.
imaginava. que existiam osgas
sentimentais.
nas paredes. da capela.
mas não esperava.
vê-la. assim. a ela.
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
oh! uma osga sentimental. sei.
imaginava. que existiam osgas
sentimentais.
nas paredes. da capela.
mas não esperava.
vê-la. assim. a ela.
terça-feira, 26 de dezembro de 2006
caligrafia inexplicável
# 21
um disco lunar… outra lua.
um olhar deitado.
um segundo.
e. outro.
segundo.
um ligeiro toque.
de piano com luzes de diamante.
sob o livro, a ara, o cálice e a espada.
sem medo o claustro.
e no jardim, amor e água no rasgar de rosas.
domingo, 24 de dezembro de 2006
um disco lunar… outra lua.
um olhar deitado.
um segundo.
e. outro.
segundo.
um ligeiro toque.
de piano com luzes de diamante.
sob o livro, a ara, o cálice e a espada.
sem medo o claustro.
e no jardim, amor e água no rasgar de rosas.
domingo, 24 de dezembro de 2006
sábado, dezembro 23, 2006
caligrafia inexplicável
# 20
vem deusa. hoje é a véspera do canto,
do credo, dos demónios
e da guerra dos anjos, das fadas, dos
santos.
benditos.
e sagrados.
espíritos da natureza. vem
deusa. amanhã serás rainha do mundo.
sexta-feira, 22 de dezembro de 2006
sábado, dezembro 16, 2006
caligrafia inexplicável
# 18
éramos três.
ponteiros.
num relógio só.
três para um. luta desigual.
marcávamos as horas, claro.
marcávamos o tempo e o que restava dele.
éramos três.
ponteiros.
num relógio só. um dia percebemos.
estávamos presos por um arame a um maquinismo.
que deixou de funcionar.
um.
dia.
percebemos.
nada pode acontecer antes do momento em que acontece.
sábado, 16 de dezembro de 2006
éramos três.
ponteiros.
num relógio só.
três para um. luta desigual.
marcávamos as horas, claro.
marcávamos o tempo e o que restava dele.
éramos três.
ponteiros.
num relógio só. um dia percebemos.
estávamos presos por um arame a um maquinismo.
que deixou de funcionar.
um.
dia.
percebemos.
nada pode acontecer antes do momento em que acontece.
sábado, 16 de dezembro de 2006
caligrafia inexplicável
# 17
assim que possa levanto-me.
não deve ser assim tão difícil.
creio.
assim que possa levanto-me e esbracejo.
tal e qual um caranguejo. olho
para o espelho e estou imóvel.
só olhos mexem. assustados. sós. sentados.
assim que possa levanto-me e sorrio. ao espelho.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
assim que possa levanto-me.
não deve ser assim tão difícil.
creio.
assim que possa levanto-me e esbracejo.
tal e qual um caranguejo. olho
para o espelho e estou imóvel.
só olhos mexem. assustados. sós. sentados.
assim que possa levanto-me e sorrio. ao espelho.
sexta-feira, 15 de dezembro de 2006
quinta-feira, dezembro 14, 2006
caligrafia inexplicável
# 16
tenho a boca tão seca.
pensou.
será de não falar.
pensou.
pensou.
pensou.
pensou.
tenho a boca tão seca.
será de pensar.
pensou.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
tenho a boca tão seca.
pensou.
será de não falar.
pensou.
pensou.
pensou.
pensou.
tenho a boca tão seca.
será de pensar.
pensou.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2006
quarta-feira, dezembro 13, 2006
caligrafia inexplicável
# 15
ser um seixo. um seixo que.
transporta.
em si todos os mares,
todos os milénios, o toque de todos os seres.
um seixo.
que.
contempla.
sem desejar nada, sem movimento.
sem naufrágio, sem ilusão. sem agora.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006
ser um seixo. um seixo que.
transporta.
em si todos os mares,
todos os milénios, o toque de todos os seres.
um seixo.
que.
contempla.
sem desejar nada, sem movimento.
sem naufrágio, sem ilusão. sem agora.
quarta-feira, 13 de dezembro de 2006