domingo, dezembro 03, 2006
caligrafia inexplicável
# 9
ao princípio da noite, oiço narrado,
como num teatro radiofónico,
o conto da serpente verde de goethe.
e os meus ouvidos estão calmos,
as mãos emparedadas. os sons da rádio
vão-se tornando em imagens e a serpente
enrola-se em mim. vai-se todo o ruído,
toda a ternura, a doçura. ao princípio da noite,
desta noite, começa a desenhar-se nos meus ossos
a dureza de olhar que devo ao mundo.
domingo, 3 de dezembro de 2006
ao princípio da noite, oiço narrado,
como num teatro radiofónico,
o conto da serpente verde de goethe.
e os meus ouvidos estão calmos,
as mãos emparedadas. os sons da rádio
vão-se tornando em imagens e a serpente
enrola-se em mim. vai-se todo o ruído,
toda a ternura, a doçura. ao princípio da noite,
desta noite, começa a desenhar-se nos meus ossos
a dureza de olhar que devo ao mundo.
domingo, 3 de dezembro de 2006