domingo, novembro 19, 2006
caligrafia inexplicável
# 1
não sou montanha. nem rocha. nem concha. nem rio. nem mar. nem peixe. nem barco. nem viajante. nem relógio. nem beijo. nem vida. nem nuvem.
sou
montanha.
e rocha. e
concha.
e rio. e
mar. e
peixe.
e barco. e viajante. e relógio. e beijo. e vida. e nuvem.
não sou um espelho nem o que de mim não se vê no espelho.
não sou «mim» nem espelho. nem reflexo nem trevas.
lucidamente,
olho as baratas a rastejar sobre as teclas do piano e sinto sede.
não sou montanha. nem rocha. nem concha. nem rio. nem mar. nem peixe. nem barco. nem viajante. nem relógio. nem beijo. nem vida. nem nuvem.
sou
montanha.
e rocha. e
concha.
e rio. e
mar. e
peixe.
e barco. e viajante. e relógio. e beijo. e vida. e nuvem.
não sou um espelho nem o que de mim não se vê no espelho.
não sou «mim» nem espelho. nem reflexo nem trevas.
lucidamente,
olho as baratas a rastejar sobre as teclas do piano e sinto sede.
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