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quinta-feira, setembro 07, 2006

primeiros poemas # 28 

# 28

a tristeza é tudo o que prezo..........,rindo
e espalhando-me como erva num campo sem dono
sem ideias e feliz
...........por as não ter

a tristeza é o pasmo de criar
não há alegria no mundo que não seja tristeza
a tristeza faz andar o coração
e ele – o coração – segue pelos mais belos atalhos
da ilusão.....,do desvanecer da ilusão......,do desenho
,
gosto de andar pelas ruas
........desta cidade
........ou de outra
.................todas as cidades são a mesma
todas as cidades são roma
e todos os caminhos são amor
e ao andar pelas ruas
...........desta cidade
.................ou de outra
sinto-me triste até já não poder ter os olhos abertos
num desejo enorme de escrever em livros velhos

? haverá deslumbramento maior que escrever versos
com um marcador vermelho nas folhas finas de uma bíblia

a tristeza vale tudo
até não ter olhos para fechar quando andando pelas ruas
..........se sente – por mais não poder –
.............a necessidade física de os fechar

só a tristeza nos faz acreditar
.....na oração e nos sentidos
só a tristeza nos dá a pele
.....que começamos a perder no dia em que nascemos
só a tristeza nos dá deus
.....e a sua bendita ira

.....choremos um riso contínuo
até que já não estando vivos enfrentemos noite fora o horizonte

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