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segunda-feira, julho 31, 2006

primeiros poemas # 17 

# 17

toda a natureza esfria no horizonte
como se um tribunal divino tivesse decidido
congelar a alegria de se ser triste e natural
deus não compreende que ser poeta não é uma decisão
é como chuva ou vento............:emana
de uma alegria profunda que só a dor permite

deus não escuta
...........não vê
deus não escuta e não vê porque não nasceu
só criou e criar é a morte da criação
,do olhar
,do horizonte

? como serão por dentro as pessoas que seguem este deus criador
,ignorante
,mudo e desprovido de qualquer vidência

? que gente é esta que assiste impávida ao desaparecimento
gelado da natureza envés de olhar o sol e a sua luz
........sem metafísica
........sem matemática
...............só geometria
é incrível que ainda haja quem confunda a geometria com a matemática
ou a metafísica com a essência do ser que é a única existência que não tem essência

deus está condenado à eternidade porque não pode morrer
não pode morrer porque só pode morrer aquilo que nasce
e por isso tem raiva de tudo
e se vinga com as suas leis ignóbeis
ordenando príncipe um asqueroso pederasta nazi chamado moisés
e recusando a presença de cristo por não suportar que seja humano e gerado
como qualquer criança que é fruto de um ventre

a natureza esfria no horizonte
perante a imobilidade senil desse deus menor

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