sábado, julho 29, 2006
primeiros poemas # 15
# 15
nunca soube nada de estrelas
nem da organização com que ornamentam as noites
mas houve um tempo em que aprendi a reconhecer uma constelação
uma única
a única constelação que seria capaz de distinguir no céu
estivesse eu habitando seja lá em que hemisfério fosse
aprendi o mapa dessa constelação sentado numa pedra tumular
junto a um sonho que se desfez como a poeira
celeste se desfaz em limalhas de ouro
lá
onde os deuses habitam dentro do sol
perdi o mapa dessa constelação
perdi o mapa desse sonho
perdi as limalhas de sol que os deuses me oferendaram
hoje olho o céu e as estrelas voltaram
a ganhar o ar caótico que tinham quando era criança
e criança
olhava o céu nocturno
............já não sou criança e deixei de acreditar
............no poder das estrelas e
............dos sonhos e
............os mapas das constelações são
............como água escorrendo do meu cérebro por um chão inclinado
essa pedra tumular onde me sentei
ainda lá está
à espera
de outras pessoas
de outros olhares
do desenho de novos mapas
quem me dera ser eu a pedra
quem me dera ser eu o túmulo
ou limalha celeste na mão de um pequeno deus solar
............mas nunca o que sonha
nunca soube nada de estrelas
nem da organização com que ornamentam as noites
mas houve um tempo em que aprendi a reconhecer uma constelação
uma única
a única constelação que seria capaz de distinguir no céu
estivesse eu habitando seja lá em que hemisfério fosse
aprendi o mapa dessa constelação sentado numa pedra tumular
junto a um sonho que se desfez como a poeira
celeste se desfaz em limalhas de ouro
lá
onde os deuses habitam dentro do sol
perdi o mapa dessa constelação
perdi o mapa desse sonho
perdi as limalhas de sol que os deuses me oferendaram
hoje olho o céu e as estrelas voltaram
a ganhar o ar caótico que tinham quando era criança
e criança
olhava o céu nocturno
............já não sou criança e deixei de acreditar
............no poder das estrelas e
............dos sonhos e
............os mapas das constelações são
............como água escorrendo do meu cérebro por um chão inclinado
essa pedra tumular onde me sentei
ainda lá está
à espera
de outras pessoas
de outros olhares
do desenho de novos mapas
quem me dera ser eu a pedra
quem me dera ser eu o túmulo
ou limalha celeste na mão de um pequeno deus solar
............mas nunca o que sonha