sexta-feira, maio 05, 2006
novos evangelhos - cartas de amor # 16
# 16 – 4 de maio de 6006 – hiroshima
… tinha treze anos quando josé – meu pai
e mestre – depositou nas minhas mãos
as jóias do
meu ministério e acção de graças
:o malho e o cinzel com que ele – josé
meu pai
e
mestre –
talhava
e polia as pedras do templo secreto
sob o disfarce inócuo
da carpintaria – quando hoje entro numa
igreja e observo os retábulos de madeira
que cobrem as pedras magnas dos
sacros altares – supostamente em honra de josé –
meu pai
e
mestre –
dou-me conta da profanação cruel
cometida pelos
imprevidentes doutores da lei
[sempre os doutores da lei
novos fariseus convertidos ao
estrume do presbitério romano]
talvez por ignorância..........talvez
por perversidade...............que
? quem é mais puro.......,o ignorante ou
o perverso
… tinha treze anos quando josé – meu pai
e
mestre
me chamou entre colunas com as mãos cobertas
de algodão branco
na sinistra confiou-me o cinzel e na destra o malho
o meu avental de linho cru
manchou-se de sangue
avental sangrado
com que meu pai ainda havia de me cobrir o rosto
dizendo: «sente o olor a sangue
sente como alguém te traiu sem
que ainda te tivesse traído
hoje estás cego e cego ficarás até que
o santo dos santos te entregue
o malhete do poder
símbolo do teu futuro reino
mas esse dia está longe
demasiado longe
a tua vida terá de ser longa
tão longa como o sofrimento dos teus súbditos
escolhe um homem que te ame acima de
todas as coisas
ama-o tu também até à exaustão dos vossos corpos
e parte
tu só és santo
tu só és senhor
mas terás que viver depois do amor
na solidão das rochas no mar
num local onde a destruição seja superior
à criação – aí nada terás de fazer
delega nesse homem que escolheres
o teu sopro –
abençoa-o todos os dias da tua vida
milénios que passem depois da tua partida –
pede dinheiro para comer
rouba se necessário for
veste-te de nada se o nada te cobrir
e se nada te cobrir de nada te cubras
– meu filho e discípulo – teme a solidão
mas não te deixes consumir antes da revelação
sente a dor do amor apartado do corpo
mas não feches o coração a mim»
escolhi-te a ti meu amado companheiro
continuo traído sem que ninguém [ainda] me tenha traído
permaneço recluso nas rochas........no mar contaminado
apartado do amor
na solidão profetizada
? terá chegado a hora de te reencontrar
? pai
… tinha treze anos quando josé – meu pai
e mestre – depositou nas minhas mãos
as jóias do
meu ministério e acção de graças
:o malho e o cinzel com que ele – josé
meu pai
e
mestre –
talhava
e polia as pedras do templo secreto
sob o disfarce inócuo
da carpintaria – quando hoje entro numa
igreja e observo os retábulos de madeira
que cobrem as pedras magnas dos
sacros altares – supostamente em honra de josé –
meu pai
e
mestre –
dou-me conta da profanação cruel
cometida pelos
imprevidentes doutores da lei
[sempre os doutores da lei
novos fariseus convertidos ao
estrume do presbitério romano]
talvez por ignorância..........talvez
por perversidade...............que
? quem é mais puro.......,o ignorante ou
o perverso
… tinha treze anos quando josé – meu pai
e
mestre
me chamou entre colunas com as mãos cobertas
de algodão branco
na sinistra confiou-me o cinzel e na destra o malho
o meu avental de linho cru
manchou-se de sangue
avental sangrado
com que meu pai ainda havia de me cobrir o rosto
dizendo: «sente o olor a sangue
sente como alguém te traiu sem
que ainda te tivesse traído
hoje estás cego e cego ficarás até que
o santo dos santos te entregue
o malhete do poder
símbolo do teu futuro reino
mas esse dia está longe
demasiado longe
a tua vida terá de ser longa
tão longa como o sofrimento dos teus súbditos
escolhe um homem que te ame acima de
todas as coisas
ama-o tu também até à exaustão dos vossos corpos
e parte
tu só és santo
tu só és senhor
mas terás que viver depois do amor
na solidão das rochas no mar
num local onde a destruição seja superior
à criação – aí nada terás de fazer
delega nesse homem que escolheres
o teu sopro –
abençoa-o todos os dias da tua vida
milénios que passem depois da tua partida –
pede dinheiro para comer
rouba se necessário for
veste-te de nada se o nada te cobrir
e se nada te cobrir de nada te cubras
– meu filho e discípulo – teme a solidão
mas não te deixes consumir antes da revelação
sente a dor do amor apartado do corpo
mas não feches o coração a mim»
escolhi-te a ti meu amado companheiro
continuo traído sem que ninguém [ainda] me tenha traído
permaneço recluso nas rochas........no mar contaminado
apartado do amor
na solidão profetizada
? terá chegado a hora de te reencontrar
? pai