quinta-feira, maio 04, 2006
novos evangelhos - cartas de amor # 14
# 14 – 3 de maio de 6006 – hiroshima
não sou um ser solar
refaço-me e destruo-me
mudo de rosto e tenho aberta no peito uma ferida que
dá acesso ao coração
e no meu coração barcos e mares
do pacífico entram em prantos
procurando a salvação sem os gestos
dos ritos
dos paramentos
pão
e vinho
procuras em mim o que não está em mim
procuras no sol o que não está no sol
gabriel
anunciou a minha mãe que
o sol seria o meu guia
mentiu
minha mãe soube que não seria o sol
o meu avatar nem a bússola dos meus passos
calou
depositando na lua a fé do seu silêncio
eu não sou um ser lunar
não há luminária que brilhe ou se oculte
em todos os universos
que possa identificar o meu ser desmedido
eu sou aquele que ainda não nasceu
nem morreu
nem foi criança
nem adulto
em verdade
em verdade te digo
amor
tudo o que presenciaste
e de mim relataste
não passou de um anúncio
dá-me o teu bastão – apóstolo –
e poderei enviar à terra..........ao
a sol à lua
um derradeiro raio
e verás como a destruição em nada me afecta
poderás continuar a santificar o sábado
a glorificar-me ao domingo
todos vós crentes poderão perpetuar a
aparição de minha mãe sobre os montes
mas em cada rito vosso
de mim mais não terão que ilusão
e tristeza e ódio desfeito
não sou um ser solar
refaço-me e destruo-me
mudo de rosto e tenho aberta no peito uma ferida que
dá acesso ao coração
e no meu coração barcos e mares
do pacífico entram em prantos
procurando a salvação sem os gestos
dos ritos
dos paramentos
pão
e vinho
procuras em mim o que não está em mim
procuras no sol o que não está no sol
gabriel
anunciou a minha mãe que
o sol seria o meu guia
mentiu
minha mãe soube que não seria o sol
o meu avatar nem a bússola dos meus passos
calou
depositando na lua a fé do seu silêncio
eu não sou um ser lunar
não há luminária que brilhe ou se oculte
em todos os universos
que possa identificar o meu ser desmedido
eu sou aquele que ainda não nasceu
nem morreu
nem foi criança
nem adulto
em verdade
em verdade te digo
amor
tudo o que presenciaste
e de mim relataste
não passou de um anúncio
dá-me o teu bastão – apóstolo –
e poderei enviar à terra..........ao
a sol à lua
um derradeiro raio
e verás como a destruição em nada me afecta
poderás continuar a santificar o sábado
a glorificar-me ao domingo
todos vós crentes poderão perpetuar a
aparição de minha mãe sobre os montes
mas em cada rito vosso
de mim mais não terão que ilusão
e tristeza e ódio desfeito