terça-feira, novembro 29, 2005
tratado secreto da medicina # 38
um fio de estrelas incolores
uma rede de estrelas incolores – um nó de
estrelas incolores – alojou-se-me na garganta e
absorve
sorve
bebe
apodera-se
das últimas inspirações
e o ar que falta veda-me as palavras – tento
puxar o fio achar uma ponta mas as estrelas
prendem-se nas pequenas veias nos vasos na
flora vocal – deixo-me estar
por fim
absorvido por aquele brilho extraterreno que
brota da impossibilidade natural de respirar
uma rede de estrelas incolores – um nó de
estrelas incolores – alojou-se-me na garganta e
absorve
sorve
bebe
apodera-se
das últimas inspirações
e o ar que falta veda-me as palavras – tento
puxar o fio achar uma ponta mas as estrelas
prendem-se nas pequenas veias nos vasos na
flora vocal – deixo-me estar
por fim
absorvido por aquele brilho extraterreno que
brota da impossibilidade natural de respirar