segunda-feira, novembro 07, 2005
tratado secreto da medicina # 18
ao antónio cândido franco
lancei-me num profundo som de seda amarela
num entorpecimento arterial
mais palavras não – só seda solar
alargo os braços e estico-os até os desarticular
até a pele se sentir livre para ti (já sem os
detestáveis sonhos da infância
– as ofensivas desleais da esperança) a minha
pele é tua –: lancei-me num profundo som
de seda amarela
estou disponível para te abraçar para te
reencontrar
sem palavras sem pele sem a agressiva
organização dos ossos
só
para respirar
lancei-me num profundo som de seda amarela
num entorpecimento arterial
mais palavras não – só seda solar
alargo os braços e estico-os até os desarticular
até a pele se sentir livre para ti (já sem os
detestáveis sonhos da infância
– as ofensivas desleais da esperança) a minha
pele é tua –: lancei-me num profundo som
de seda amarela
estou disponível para te abraçar para te
reencontrar
sem palavras sem pele sem a agressiva
organização dos ossos
só
para respirar