sábado, outubro 08, 2005
tratado secreto da paisagem # 28
arrancando-me as consagradas
membranas da pele – a noite
e o aroma extinguem-se na paisagem
levantando o chão de outrora
sobre os meus pés
e o sangue enterra-se
nas artérias
na leveza
como estacas de roseira
como um ancoradouro de amores partidos
soprando telas
pincéis desfeitos
vigorosas lamparinas em estado de graça
toda a cama treme
e na cama o ardor
com que sinto as pálpebras a desenhar
círculos – inventados membros
dedos
unhas
pés direitos
pés esquerdos – a noite
inicia-se onde o corpo resvala
e o olhar se perde
na loucura voadora dos objectos
a ovular
membranas da pele – a noite
e o aroma extinguem-se na paisagem
levantando o chão de outrora
sobre os meus pés
e o sangue enterra-se
nas artérias
na leveza
como estacas de roseira
como um ancoradouro de amores partidos
soprando telas
pincéis desfeitos
vigorosas lamparinas em estado de graça
toda a cama treme
e na cama o ardor
com que sinto as pálpebras a desenhar
círculos – inventados membros
dedos
unhas
pés direitos
pés esquerdos – a noite
inicia-se onde o corpo resvala
e o olhar se perde
na loucura voadora dos objectos
a ovular