terça-feira, outubro 04, 2005
tratado secreto da paisagem # 24
com o peso surdo desta asa suicida
abrem-se águas nos meus laços
desenhos cruciformes numa pedra
posta ao centro
entre o rio de espadas que se inscrevem
num leito-rio sem saída e o lago
onde plantados os lírios escorrem sangue
de romã em pequenas lágrimas
assustadas brilhando sem enredo
fantasma cumpridor de invocações
superiores – em tempos deram-me um nome
depois outro outro ainda me hão-de dar
e do alto desta imensa luz sinto uma
vertigem acesa
ergue-se o caule de uma rosa morta ainda a florir
onde nasci já tudo se encobriu
antes que nasçam caravelas no meu peito
quero dormir milhares de sonos longos
e acordar um passo atrás
acordar antes deste abismo
que me fez sombra e quase [quase]
deixar a guerrilha
esta é a minha história e o meu nome
o pouco que posso ser
vertigem desperta caindo de uma asa acesa
abrem-se águas nos meus laços
desenhos cruciformes numa pedra
posta ao centro
entre o rio de espadas que se inscrevem
num leito-rio sem saída e o lago
onde plantados os lírios escorrem sangue
de romã em pequenas lágrimas
assustadas brilhando sem enredo
fantasma cumpridor de invocações
superiores – em tempos deram-me um nome
depois outro outro ainda me hão-de dar
e do alto desta imensa luz sinto uma
vertigem acesa
ergue-se o caule de uma rosa morta ainda a florir
onde nasci já tudo se encobriu
antes que nasçam caravelas no meu peito
quero dormir milhares de sonos longos
e acordar um passo atrás
acordar antes deste abismo
que me fez sombra e quase [quase]
deixar a guerrilha
esta é a minha história e o meu nome
o pouco que posso ser
vertigem desperta caindo de uma asa acesa