domingo, outubro 02, 2005
tratado secreto da paisagem # 21
há que arrumar as coisas
e as coisas caberem nas mãos e
as mãos serem sombras oblíquas
projectadas numa ilha
a dar sentido à
coragem como as gaivotas
dão sentido ao peixe
pressentido no cheiro
delas próprias projectado no mar
onde os peixes as esperam com
ferozes arcabuzes
engolidos e
espinhas-de-combate
tem que estar tudo preparado
tudo arranjado
de uma maneira providencial
absoluta
um sorriso abrindo-se
um batente de porta
e as malas e as guitarras cantantes
fechando-se como os dentes serram a pele
dos dia-amantes
até que tudo não tenha rasto
nem pegadas
nem mãos inscritas na cabeça
até que tudo seja uma invasão d
e dentes-de-leão e
pedras pre
ciosas
a despertar
e as coisas caberem nas mãos e
as mãos serem sombras oblíquas
projectadas numa ilha
a dar sentido à
coragem como as gaivotas
dão sentido ao peixe
pressentido no cheiro
delas próprias projectado no mar
onde os peixes as esperam com
ferozes arcabuzes
engolidos e
espinhas-de-combate
tem que estar tudo preparado
tudo arranjado
de uma maneira providencial
absoluta
um sorriso abrindo-se
um batente de porta
e as malas e as guitarras cantantes
fechando-se como os dentes serram a pele
dos dia-amantes
até que tudo não tenha rasto
nem pegadas
nem mãos inscritas na cabeça
até que tudo seja uma invasão d
e dentes-de-leão e
pedras pre
ciosas
a despertar