quinta-feira, setembro 22, 2005
tratado secreto da paisagem # 11
a lua traz uma fina capa infantil de noiva
um rosto vão – um anel-de-rosa
inquieta-me
..........esta lua
..........esta refrangente mortalha
as ruas são de dia o que as noites são de noite
e os dias padecem fulminantes
nesta brancura noviciaria nesta espécie de ala
ou álamo este convento anónimo que
que é a solidão de tudo ter um pesado preço
a lua está aqui e o branco manto rendado
que me cobre os ombros
junto a este homem que só será feliz
depois de consumir a boca ofegante deste vestido –
[manto rendado que já nada proíbe nem nada destapa]
inquieta-me
e a lua condena-me
enquanto me coloca o anel-de-rosa
na condição infantil de poema
a lua adora-me e por isso me rodeia
com a sua capa-infância e o seu rosto vão
junto a este homem que só será feliz
depois de tudo despir e nada consumar
deposito as minhas mil vidas
colares
ardores
um rosto vão – um anel-de-rosa
inquieta-me
..........esta lua
..........esta refrangente mortalha
as ruas são de dia o que as noites são de noite
e os dias padecem fulminantes
nesta brancura noviciaria nesta espécie de ala
ou álamo este convento anónimo que
que é a solidão de tudo ter um pesado preço
a lua está aqui e o branco manto rendado
que me cobre os ombros
junto a este homem que só será feliz
depois de consumir a boca ofegante deste vestido –
[manto rendado que já nada proíbe nem nada destapa]
inquieta-me
e a lua condena-me
enquanto me coloca o anel-de-rosa
na condição infantil de poema
a lua adora-me e por isso me rodeia
com a sua capa-infância e o seu rosto vão
junto a este homem que só será feliz
depois de tudo despir e nada consumar
deposito as minhas mil vidas
colares
ardores