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sábado, setembro 10, 2005

não sei se isto é amor # 40 

as colunas estão mudas
diz o prumo ao nível que
o repete ao oriente –
a águia não responde batendo com o seu malhete

– levanta a espada que flameja
e degola-se numa vénia desamparada sobre
o livro da lei onde / finalmente / ficam inscritos
caracteres de algum trabalho triangular

?as colunas estão mudas?
!as colunas são mudas! – diz o nível
à pluma
que regista o acontecimento em movimentos
mudos – pelo chão escorre um finíssimo fio de veia

sobre o corpo exangue da águia
é colocada uma dourada mortalha negra

há uns ratos que fogem
um ou outro abutre aproxima-se do cadáver
..........[logo são abatidos pelo punhal
..........do guarda do templo]
rodam os colares e
o nível toma - naturalmente – o malhete

laboriosamente a pluma
escreve
alguém do meio cumpre o seu dever apagando
os círios com a paz dos justos
da abóbada celeste cai um ovo e do ovo
nasce outra águia para aprender

:
– as colunas são mudas
venerável mestre

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