quinta-feira, setembro 08, 2005
não sei se isto é amor # 38
pousado na viga mais alta desta ponte
vejo o sono espargir-se lá em baixo
sobre as casas
sobre crianças a chorar
não sei o nome desta cidade – sei que é uma cidade
ainda não nasci – só tenho memória – alguns cigarros
alguns beijos:
..........fugas de bach
..........,desesperos de satie
,um piano transeunte sob os dedos de uma romã
conheço o fundo do mar – mestre do poema
herberto
fiama
sophia em dias sorte
natália nas canções
al berto nos objectos.....,no corpo a desintegrar-se
aqui – no mais alto pico mirador
cada ser movendo-se lá em baixo
é um medíocre morfema aonde a voz não chega
são os peixes..........,as unhas..........,os dentes
que na sua visibilidade impossível
me revelam a esquecida possibilidade de voar
por baixo há um rio – este rio – o único rio
nem azul...........nem verde..........nem cor
um rio cheio de leões como leões
rugem no seio convulso do meu invertido cérebro
deixo-me cair
aflorando a água – aproximando-me
desse chão de placenta como
uma gaivota que não se contém
..........assim anuncio o osso das minhas asas
negras
descobertas
tão longe da morte
quase
despertas
e não é noite nem é dia nem nada se ilumina
nem nada se escurece
toco na pele seca da cidade aonde
terei de me esconder para assumir a dor
de nada poder ver [cheirar]
não sei o nome desta cidade
e caído tudo já esqueci – neste chão [depois do voo]
não há memória
não há sono – só existência
vejo o sono espargir-se lá em baixo
sobre as casas
sobre crianças a chorar
não sei o nome desta cidade – sei que é uma cidade
ainda não nasci – só tenho memória – alguns cigarros
alguns beijos:
..........fugas de bach
..........,desesperos de satie
,um piano transeunte sob os dedos de uma romã
conheço o fundo do mar – mestre do poema
herberto
fiama
sophia em dias sorte
natália nas canções
al berto nos objectos.....,no corpo a desintegrar-se
aqui – no mais alto pico mirador
cada ser movendo-se lá em baixo
é um medíocre morfema aonde a voz não chega
são os peixes..........,as unhas..........,os dentes
que na sua visibilidade impossível
me revelam a esquecida possibilidade de voar
por baixo há um rio – este rio – o único rio
nem azul...........nem verde..........nem cor
um rio cheio de leões como leões
rugem no seio convulso do meu invertido cérebro
deixo-me cair
aflorando a água – aproximando-me
desse chão de placenta como
uma gaivota que não se contém
..........assim anuncio o osso das minhas asas
negras
descobertas
tão longe da morte
quase
despertas
e não é noite nem é dia nem nada se ilumina
nem nada se escurece
toco na pele seca da cidade aonde
terei de me esconder para assumir a dor
de nada poder ver [cheirar]
não sei o nome desta cidade
e caído tudo já esqueci – neste chão [depois do voo]
não há memória
não há sono – só existência