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quarta-feira, setembro 07, 2005

não sei se isto é amor # 37 

já não me sinto preso tão cativo estou
aqui onde durmo absorvendo lúcido
...........a extrema unção –
já não sinto a dor nem a ferida aberta
...........em abóbadas de cérebro –
os extremos são tantos
as sombras tão marcadas pela expectativa do sol se pôr

de tanto duvidar começam a nascer-me certezas
..........como calígrafos cogumelos desenhados
..........em cadernos tatuados

assalta-me uma tranquilidade tão profunda
que até a paz me desilude – como é
estranho que este sino despertador toque
[só agora toque]
na cidade onde nasci – este cigarro
que por responsabilidade e até coerência
mantenho aceso...........,como um corpo
que se tem despido ao lado e consumimos
e afinal
,
bem olhado o espelho
,
é o nosso
tantas vezes consumido de um prazer
feroz - corpo despido..........,deitado
sempre
sempre
ao meu lado
carne que beijo
penetro e faço transpirar

...........como calígrafos esboços bestiais
...........,desenho em cadernos especiais
...........a semente do meu rosto
já se passaram tantos anos e nunca a minha face
faltou a um olhar
nunca o espelho foi tanto a falta do meu rosto
e nem uma só uma vez o vi

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