segunda-feira, agosto 29, 2005
não sei se isto é amor # 28
num lugar de mim
de cujo o nome não quero lembrar-me
não há muito tempo vivia um fidalgo desses de lança
no cabide
adarga antiga
rocim magro e galgo corredor
?que amor posso eu empreender
se sou a bela adormecida
à beira de um poço de cristal
onde jaz uma água com sabor a agonia
..........mais do cair no poço para apanhar a lua
..........perigo
..........é própria lua alar pela pedra –
..........ferindo-se de desejo
..........só para me consumir
fui expulso do reino vegetal
por um fechado olor a pêssegos
...........ávido odor que me odiou
num lugar de mim
de cujo o nome não quero lembrar-me
não há muito tempo vivia um fidalgo
desses com ossos e escuridão –
fui um monge sob a abobada celeste
com espada e olhos vermelhos
capuz negro – cego – pronto para lutar
?que luta – hoje
se sou a lua adormecida – bela mulher
caída dentro de um cristal
onde já caídas ficaram mortas tantas luas
depois de beijadas
?que hei-de fazer se envés de um maçã
sou a bela adormecida
e a floresta está irremediavelmente perdida
se hoje um comboio partir
vou a madrid – voar
a esse lugar da mancha com o teu nome
miguel
e dormir sem bússola / sem estrelas
repetindo até ao sono o mantra do verdadeiro sabor:
c-e-r-v-a-n-t-e-s
de cujo o nome não quero lembrar-me
não há muito tempo vivia um fidalgo desses de lança
no cabide
adarga antiga
rocim magro e galgo corredor
?que amor posso eu empreender
se sou a bela adormecida
à beira de um poço de cristal
onde jaz uma água com sabor a agonia
..........mais do cair no poço para apanhar a lua
..........perigo
..........é própria lua alar pela pedra –
..........ferindo-se de desejo
..........só para me consumir
fui expulso do reino vegetal
por um fechado olor a pêssegos
...........ávido odor que me odiou
num lugar de mim
de cujo o nome não quero lembrar-me
não há muito tempo vivia um fidalgo
desses com ossos e escuridão –
fui um monge sob a abobada celeste
com espada e olhos vermelhos
capuz negro – cego – pronto para lutar
?que luta – hoje
se sou a lua adormecida – bela mulher
caída dentro de um cristal
onde já caídas ficaram mortas tantas luas
depois de beijadas
?que hei-de fazer se envés de um maçã
sou a bela adormecida
e a floresta está irremediavelmente perdida
se hoje um comboio partir
vou a madrid – voar
a esse lugar da mancha com o teu nome
miguel
e dormir sem bússola / sem estrelas
repetindo até ao sono o mantra do verdadeiro sabor:
c-e-r-v-a-n-t-e-s