quinta-feira, agosto 25, 2005
não sei se isto é amor # 25
conhecer-te – olhar de fada
não me trouxe qualquer paz
sacrifico este mês de agosto
à geada que a tua falta me provoca
e tu fada sem brilhos de azulejo
é a mim que devoras num amplexo conjugal
o único abraço que tudo mata
depois da própria morte velar
saio das veias como se saísse para o café
numa manhã de sábado
– impeço o plasma de passar
e nada acontece no meu cérebro
não há vento nem espuma nem cinzas
que justifiquem o regresso às veias
..........ao
..........túmulo
..........às almofadas
às passadas da minha idade
é inútil tentar ter-te ó fada – retenho-te
porque não podes ser livre sem a senha que possuo
com o nome
o teu nome – papel livre-trânsito
que te franquearia o sol deste janeiro absurdo
espalhado como um verbo nos teus cabelos
vejo-te há tantos anos que nada sei
de cravo ou rosa que valha dizer-te
à força de te relembrar lembro a noite
em que te ergui do caixão e te encontrei
sob a acácia e o esquadro e o compasso
delta sol e lua – não sei bem –
vejo-te há tantos anos e nem a mão
sei dar-te com o segredo do sinal
a marcha – a palavra que liberta os leões do pulmão – tu
és a fada que alaga a própria luz
da luz que a luz não contém
não te posso ter – fada [única fada que conheci]
porque – hoje sei – não nasci
não me trouxe qualquer paz
sacrifico este mês de agosto
à geada que a tua falta me provoca
e tu fada sem brilhos de azulejo
é a mim que devoras num amplexo conjugal
o único abraço que tudo mata
depois da própria morte velar
saio das veias como se saísse para o café
numa manhã de sábado
– impeço o plasma de passar
e nada acontece no meu cérebro
não há vento nem espuma nem cinzas
que justifiquem o regresso às veias
..........ao
..........túmulo
..........às almofadas
às passadas da minha idade
é inútil tentar ter-te ó fada – retenho-te
porque não podes ser livre sem a senha que possuo
com o nome
o teu nome – papel livre-trânsito
que te franquearia o sol deste janeiro absurdo
espalhado como um verbo nos teus cabelos
vejo-te há tantos anos que nada sei
de cravo ou rosa que valha dizer-te
à força de te relembrar lembro a noite
em que te ergui do caixão e te encontrei
sob a acácia e o esquadro e o compasso
delta sol e lua – não sei bem –
vejo-te há tantos anos e nem a mão
sei dar-te com o segredo do sinal
a marcha – a palavra que liberta os leões do pulmão – tu
és a fada que alaga a própria luz
da luz que a luz não contém
não te posso ter – fada [única fada que conheci]
porque – hoje sei – não nasci