terça-feira, agosto 23, 2005
não sei se isto é amor # 23
23 de agosto de 2005
espero-te sem saber o que és
neste jardim onde só cresce o canto convulso dos
anzóis q
.......u
.......e
.......os pássaros beijam
.......uma só vez em toda vida
.......silvando ao redor do centro
.......de um sabor
.......sem a sombra [sequer] de um curto amor
a lua nasce e sinto que tenho de ir
ao túmulo das romãs venerar-lhes a dádiva
do permanente sangue que daquelas
bagas pétreas e multiplicadas se oferendam
aos deuses em sinal de doces misericórdias
neste pequeno jardim onde ao ver-te
sei que só anzóis podem ser beijados
/ como trutas num cinema em madrid /
duvidaremos das próprias mãos –
dos pássaros – do lago – do bater sinaleiro dos restos de c
oração
neste jardim só cresce um canto convulso
eu / hoje / anzol – mordendo fios de chuva
como se imolasse uma uva –
num tempo sem linha
nem chumbos
nem isco
os pássaros pousam no túmulo e as romãs
crescem com os anjos – é agosto – quase dezembro
e é tudo o que me lembro
espero-te sem saber o que és
neste jardim onde só cresce o canto convulso dos
anzóis q
.......u
.......e
.......os pássaros beijam
.......uma só vez em toda vida
.......silvando ao redor do centro
.......de um sabor
.......sem a sombra [sequer] de um curto amor
a lua nasce e sinto que tenho de ir
ao túmulo das romãs venerar-lhes a dádiva
do permanente sangue que daquelas
bagas pétreas e multiplicadas se oferendam
aos deuses em sinal de doces misericórdias
neste pequeno jardim onde ao ver-te
sei que só anzóis podem ser beijados
/ como trutas num cinema em madrid /
duvidaremos das próprias mãos –
dos pássaros – do lago – do bater sinaleiro dos restos de c
oração
neste jardim só cresce um canto convulso
eu / hoje / anzol – mordendo fios de chuva
como se imolasse uma uva –
num tempo sem linha
nem chumbos
nem isco
os pássaros pousam no túmulo e as romãs
crescem com os anjos – é agosto – quase dezembro
e é tudo o que me lembro