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segunda-feira, agosto 08, 2005

não sei se isto é amor # 18 

o meu sono é uma ferida
uma laceração permanente das pálpebras
em memória de um amor
de fendas e áscuas –
a membrana que me separa
os ossos do excremento
e faz nascer a ideia inconcebível
de uma noite pétrea onde o repouso fosse a tua pele
já nem delírio provoca / só sombras
só vento
na escuridão das torturas nascem jardins de acanto
[ornato de capitel]
e é nos jardins que repousa a lápide sanguínea
do que nunca iremos partilhar
a noite suporta o planeta com
a penumbra de vácuo onde me sufoco
o meu sono é um arquipélago
uma ideia incontida de rosa

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