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domingo, agosto 07, 2005

não sei se isto é amor # 17 

não sei se isto é amor..........sei que
tremo e estou caído
cálido como se as pernas se desprendessem pelo fogo
num sangue de larvas e orquídeas sem cabeça

há umas horas eras tu..........e eu [julgava]
conhecia-te como se conhecem os membros
do nosso corpo
como
se conhecem os lábios e as cerejas no tempo das cerejas
e agora – depois de umas breves palavras
olho-
-te
e nem os teus olhos são os t
eus olhos – nem as tuas mãos são as tuas mãos

estou calcinado pelo amor que julguei que sentias
e sentir não é nada

dantes encontrava-te..........foste
o esplendor da confiança a florescer
era o que sentia
e sentir não é nada..........nem sequer
amor
tenho os meus dedos sistinos feitos em membranas
cerradamente pintadas sob um gigantesco candelabro

não sei se isto é amor meu amor
olho-
-te e já não vejo o carrossel de prata que julguei para nós
deus segue na sua carruagem d'asas com a resposta à
prece mais doce das rosas que se perderam
deus corre num fumo espelhado de espadas
quando voltares estarei arrefecido
sob um gigantesco candelabro
cerradamente pintado / rosado
cerradamente

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