quarta-feira, julho 06, 2005
não sei se isto é amor # 7
naquele tempo as flores tinham cheiro a flores
e o mar parecia afundar-se na terra quando eu te amava
o ar transbordava de minerais em combustão de luzes
........não quero repetir esta expressão tão lúcida:
........naquele tempo
mas tu és só morte para mim
és uma esmagadora lápide sobre mim
........eu tento fugir
........rebentar-te – colher flores sem cheiro
afogar-me num campo de olhos – cegar-te
juro que te quero sem vida
sem sexo
sem água
........tenho uma corrente a absorver-me o coração
........esta estúpida esperança – uma despedida que não termina
quero-te sem vida meu amor
quero extenuar-te
........enterrar-te com todo o carinho dos meus lábios
quero alimentar as tuas crias órfãs
espetar-te-ia com o prazer de um vinho bom
naquele tempo as flores tinham cheiro a flores
e o mar era enorme e nós ainda maiores – éramos barcos
petroleiros abraçados num lago
........não quero repetir esta palavra de eternidade: amor
não quero mais histórias para contar – não te quero
às vezes deixo que me abraces
deixo que penses que te quero viva
mas o meu corpo mente quando me afagas
é sem vida que te hei-de amarrar a uma pedra e lançar borda-
-fora da minha garganta
morre por favor
é a última coisa que te peço
e o mar parecia afundar-se na terra quando eu te amava
o ar transbordava de minerais em combustão de luzes
........não quero repetir esta expressão tão lúcida:
........naquele tempo
mas tu és só morte para mim
és uma esmagadora lápide sobre mim
........eu tento fugir
........rebentar-te – colher flores sem cheiro
afogar-me num campo de olhos – cegar-te
juro que te quero sem vida
sem sexo
sem água
........tenho uma corrente a absorver-me o coração
........esta estúpida esperança – uma despedida que não termina
quero-te sem vida meu amor
quero extenuar-te
........enterrar-te com todo o carinho dos meus lábios
quero alimentar as tuas crias órfãs
espetar-te-ia com o prazer de um vinho bom
naquele tempo as flores tinham cheiro a flores
e o mar era enorme e nós ainda maiores – éramos barcos
petroleiros abraçados num lago
........não quero repetir esta palavra de eternidade: amor
não quero mais histórias para contar – não te quero
às vezes deixo que me abraces
deixo que penses que te quero viva
mas o meu corpo mente quando me afagas
é sem vida que te hei-de amarrar a uma pedra e lançar borda-
-fora da minha garganta
morre por favor
é a última coisa que te peço