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terça-feira, março 29, 2005

quarenta romances de cavalaria # 20 

# 20 – terça-feira

VERDES ANOS NO ECRÃ vi-te no escuro ao espelho como direi que te amo com que palavras com que corpo vi-te chorar paulo rocha dos meus anos verdes e não fui capaz de lamber as lágrimas que não contiveste estive no ecrã e fui a mão do sapateiro fui o martelo o prego a graxa o cigarro fui a lama da guitarra-falua fui a saia de isabel ruth a faca nos teus olhos em sangue com que palavras direi que te amo nesta noite imensa onde os cantos são maiores que as mais densas luas quero abraçar-te enquanto este momento me possuir quero voltar aos teus braços isabel quero beber o tejo inteiro de um ecrã voarei ao teu lado paulo voarei pelos parques pelas ruas serei os teus olhos quando cegares serei o teu coração quando secarem as tuas veias quero ser a flor animada da tua continuação quero celebrar esta noite de tambores dispo-me disto que aparento usarei máscaras que aos teus olhos pareçam os que já partiram enquanto remavam a embarcação de amores perfeitos que inventaste ruy furtado paulo renato carlos paredes serei todos terei todos os rostos tocarei todas as músicas uma última vez quero dar-te asas meu príncipe_

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