quinta-feira, fevereiro 10, 2005
metrónomo # 6
...campânulas com breves inscrições pétreas...
...datas cravadas em argila...
...um camaleão entre pés transeuntes...
tinha sido um passeio curto numa tarde curta
tudo já esquecido/até hoje
que voltei a sonhar com rabat e o cemitério de azulejos verdes
onde repousa o grande sultão negro/a febre
ceifou-me
a
memória dos rostos mas sinto a presença
desses acompanhantes misteriosos – sinto-os
tão fisicamente
como se tivesse uma mancha pulmonar
e cada onírica poeira rompesse a pele numa tosse sangrenta/numa expectoração visceral –
soltando em mim um suave odor a flor-de-aloés
...datas cravadas em argila...
...um camaleão entre pés transeuntes...
tinha sido um passeio curto numa tarde curta
tudo já esquecido/até hoje
que voltei a sonhar com rabat e o cemitério de azulejos verdes
onde repousa o grande sultão negro/a febre
ceifou-me
a
memória dos rostos mas sinto a presença
desses acompanhantes misteriosos – sinto-os
tão fisicamente
como se tivesse uma mancha pulmonar
e cada onírica poeira rompesse a pele numa tosse sangrenta/numa expectoração visceral –
soltando em mim um suave odor a flor-de-aloés