quinta-feira, fevereiro 24, 2005
metrónomo # 38
dantes procurava-te – escrevia-te
havia entre nós uma abundância que ninguém
sabia destruir
falávamos de jardins
de túlipas
de lugares próximos onde tínhamos estado em crianças
um dia o mapa do nosso reencontro
apagou-se e os jardins impludiram
como se uma garganta de poeiras se tivesse aberto
e engolido o nosso estar
este é o poema final – contigo morreram
as túlipas / no
entanto –
enquanto nos nossos corpos existir
esta configuração humana
será impossível ignorar que foi entre nós que desabrochou
a primeira rosa do mundo
havia entre nós uma abundância que ninguém
sabia destruir
falávamos de jardins
de túlipas
de lugares próximos onde tínhamos estado em crianças
um dia o mapa do nosso reencontro
apagou-se e os jardins impludiram
como se uma garganta de poeiras se tivesse aberto
e engolido o nosso estar
este é o poema final – contigo morreram
as túlipas / no
entanto –
enquanto nos nossos corpos existir
esta configuração humana
será impossível ignorar que foi entre nós que desabrochou
a primeira rosa do mundo