segunda-feira, fevereiro 21, 2005
metrónomo #28
a menstruação dilata os vultos
das irmãs que nunca tive
como uma lua de azurite
observo-as/tomo-as – sei-me
invisível
compareço como um espírito invocado
e abraço-as invocadamente etéreo
o sangue principiou a sua viagem de iniciação
pelas suas jovens veias trans
lúcidas
há a iluminação quente de um cão
uma estátua vergada sobre os corpos
uma casincêndio que as liberta da infância
e à nossa volta o nevoeiro anuncia a proximidade das
grandes aparições
sei que nelas penetrará a candura dos lilases
e que o lado do corpo que em mim se agita
é o mais puro e musical
canto dos limões – as trovoadas
os raios que caem na superfície marítima
das florestas de algas
entre mim e as minhas irmãs
a roseira
de um lento desejo astral
exigente amor profundo
nada mais que aromas florescentes
inventando-se
das irmãs que nunca tive
como uma lua de azurite
observo-as/tomo-as – sei-me
invisível
compareço como um espírito invocado
e abraço-as invocadamente etéreo
o sangue principiou a sua viagem de iniciação
pelas suas jovens veias trans
lúcidas
há a iluminação quente de um cão
uma estátua vergada sobre os corpos
uma casincêndio que as liberta da infância
e à nossa volta o nevoeiro anuncia a proximidade das
grandes aparições
sei que nelas penetrará a candura dos lilases
e que o lado do corpo que em mim se agita
é o mais puro e musical
canto dos limões – as trovoadas
os raios que caem na superfície marítima
das florestas de algas
entre mim e as minhas irmãs
a roseira
de um lento desejo astral
exigente amor profundo
nada mais que aromas florescentes
inventando-se