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sexta-feira, fevereiro 18, 2005

metrónomo # 22 

milionários de todo o mundo morram
em cadeia
que o almofadado veludo interno dos caixões que comprarem
seja a tortura das almas dependuradas
que veias secas se enrolem nos vossos pescoços/nos vossos rostos maquilhados
nada mais ostententarão que o roxo de um sangue incoagulável nos olhos
que sejam perseguidos por uma eterna sede
pela própria eternidade sem o repouso do inferno
ou das chamas do paraíso – nem sequer a remota oportunidade
da reencarnação vos seja concedida

afinal não –
milionários de todo o mundo que nunca morram
que a justiça enfeitiçada que vos há-de rodear
seja a vida eterna nesta terra
e que a loucura não vos salve
nunca
do medo

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