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quarta-feira, fevereiro 16, 2005

metrónomo # 17 

tenho na memória das mãos
cores insubstituíveis
elevadíssimas temperaturas agarradas às falanges
cicatrizes audíveis
veios de uma alegria acontecida
pequenos registos de um passado artesanal
cores invulgares
serenamente por dentro
vivas

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