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segunda-feira, fevereiro 14, 2005

metrónomo # 12 

enquanto julgo tecer versos com
inúteis imagens de desespero e derradeiras tristezas
preenchendo com nódoas de caracteres
resmas de honestas hóstias de papel
caem maduras
as bagas concêntricas da palmeira-das-vassouras
talvez devesse partir já
e procurar um lago de cerejas verdes
onde velejassem em liberdade os verdadeiros cânticos estivais –
essência meridiana do poema em revolução

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