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sábado, fevereiro 12, 2005

metrónomo # 10 

cada acto age como um gás invasor
no sangue que corre pelo engenho circulatório/exangue
e frágil das crisopas de dorso macio e asas membranosas
asas-telhado/casa dos amantes das velhas causas

o acto é a arma fulmínea dos braços incapazes

sob os filamentos caudais do insecto
protegem-se como dentes-de-leão no colo das suas mães
os infusíveis
formando-se uma rede de encontros encobertos
nas noites dos jardins

em casas seguras as crisopas
põem ovos
espalham a possibilidade – ainda que remota –
de uma nova irmandade de seres macios e fecundos
futuros telhados para um amor insubordinado
desses núcleos obreiros irradia uma luta vencida
e a derrota
é a própria essência seminal que transporta esta
teia de cristal-de-rocha
o azul perene de uma doçura infantil
operária
inicial

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