quarta-feira, fevereiro 02, 2005
breve gramática das raízes # 39
aprendi a amar o brusco instante das fracções de segundo:
as borboletas
quem pensa no tempo perante uma borboleta-amarela?
sabe-se que têm um voo possante e um abraço rápido/que vivem
nas montanhas ou nos lados acidentados dos montes/mas
quantas voltas darão sobre si próprias num só adejo?
quantos olhares estenderão ao sol? quantas rosas beijarão entre a aurora e o crepúsculo?
afirmamos que duram um dia – horas...
mas são o símbolo matemático da infinidade
da vida perene
do irrestrito desassombro
que vale o cronometrado tempo humano comparado com a imensidão
da existência de um insecto/gloriosamente mortal/triunfantemente frágil –
implacavelmente essencial
as borboletas
quem pensa no tempo perante uma borboleta-amarela?
sabe-se que têm um voo possante e um abraço rápido/que vivem
nas montanhas ou nos lados acidentados dos montes/mas
quantas voltas darão sobre si próprias num só adejo?
quantos olhares estenderão ao sol? quantas rosas beijarão entre a aurora e o crepúsculo?
afirmamos que duram um dia – horas...
mas são o símbolo matemático da infinidade
da vida perene
do irrestrito desassombro
que vale o cronometrado tempo humano comparado com a imensidão
da existência de um insecto/gloriosamente mortal/triunfantemente frágil –
implacavelmente essencial