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domingo, janeiro 02, 2005

de te reler - o espelho # 35 

o único país onde realmente vivi não existe – não é nação
não tem bandeira nem hino nem religião organizada/é só sol
terra vermelha com cactos que fazem música quando o vento os arranca
amo aquele lugar como amaria a pele do meu amor se tivesse um meu amor
e talvez nem lá tenha estado dois dias –
quem pisa o solo do sahara livre amará para sempre
a liberdade de um lugar sem pontos cardeais
o que dói é saber-me para sempre perdido dessa mãe onde gostaria de arrefecer
deixando ao céu as ossadas do que fui ao som de monteverdi num pequeno gravador a pilhas



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