sábado, janeiro 15, 2005
breve gramática das raízes # 14
é como se trepasse um relógio por dentro sob
o vidro que separa a máquina do homem
como se tivesse tomado um veneno de rodas dentadas um
veneno de pequenos parafusos
e molas
tudo estala como uma bomba freneticamente ansiosa por explodir
as mãos tentam agarrar-se aos números/os olhos
são já só obscuras cavidades alucinadas
entrei num movimento perpétuo de ponteiros circulares e calendários
que repetem badaladas de anúncio aos dias da semana
aos dias do mês
aos dias do futuro
como se tudo isso existisse
e fosse real
como a manteiga ou o leite
se ao menos me pudessem
extrair planetas da cabeça...
deixando-a oca como um espelho/lisa como
lençóis postos de lavado na cama...
se me pudesse entregar às mãos de um relojoeiro...
o vidro que separa a máquina do homem
como se tivesse tomado um veneno de rodas dentadas um
veneno de pequenos parafusos
e molas
tudo estala como uma bomba freneticamente ansiosa por explodir
as mãos tentam agarrar-se aos números/os olhos
são já só obscuras cavidades alucinadas
entrei num movimento perpétuo de ponteiros circulares e calendários
que repetem badaladas de anúncio aos dias da semana
aos dias do mês
aos dias do futuro
como se tudo isso existisse
e fosse real
como a manteiga ou o leite
se ao menos me pudessem
extrair planetas da cabeça...
deixando-a oca como um espelho/lisa como
lençóis postos de lavado na cama...
se me pudesse entregar às mãos de um relojoeiro...