terça-feira, janeiro 04, 2005
breve gramática das raízes # 1
é uma casa de espelhos convexos –
firmados a dois e dois em maiores
espelhos côncavos por sua vez encastrados a dois e dois
num colossal muro espelhado aparentemente raso
cada palavra dita reflecte-se n
os espelhos ecoando em infinitas multiplicações canoras
por essa razão é uma casa de silêncios ecoando
em infinitas multiplicações silenciosas
na casa dos espelhos
cada gesto exibido reflecte-se n
os espelhos ecoando em infinitas multiplicações gestuais
por essa razão é uma casa de não-gesto ecoando
em infinitas multiplicações não-gestuais
na casa há um espelho vermelho – um único espelho vermelho
que nada reflecte – um espelho não-espelho
ecoando em infinitas multiplicações de não-reflexos
chamam-lhe o espelho arquitecto
firmados a dois e dois em maiores
espelhos côncavos por sua vez encastrados a dois e dois
num colossal muro espelhado aparentemente raso
cada palavra dita reflecte-se n
os espelhos ecoando em infinitas multiplicações canoras
por essa razão é uma casa de silêncios ecoando
em infinitas multiplicações silenciosas
na casa dos espelhos
cada gesto exibido reflecte-se n
os espelhos ecoando em infinitas multiplicações gestuais
por essa razão é uma casa de não-gesto ecoando
em infinitas multiplicações não-gestuais
na casa há um espelho vermelho – um único espelho vermelho
que nada reflecte – um espelho não-espelho
ecoando em infinitas multiplicações de não-reflexos
chamam-lhe o espelho arquitecto