terça-feira, dezembro 14, 2004
o princípio # 33
bastava acender uma vela...uma cadeira
bastava sentar-me
bastava que as sombras me
agarrassem e me levantassem
sentir-me içado em
sombra
num navio de mastros decepados
ser sombra decepada na sombra de um cigarro
bastava saber acender uma espada...dizê-lo
fumando
numa cadeira/sentada/uma vela
bastava
não precisaria de casa nem de templo
nem de ser amado
bastava
ser osso ou ter fala
ser um porco em pranto...um parto
bastava saber ser chuva
saber procurar pelas ruas uma porta sem entrada
ser eu a vela/ser eu o cigarro...uma cadeira
bastava
ser gente de vez em quando e
atirar-me frontalmente das escadas
cair como uma sombra desenhada
nada
nada
bastava ser vela/parede/escada
projecção de luz/pequeno sol extinto/armada
bastava ter-te acesa e esta noite
fecharia os olhos sem medo
do navio de espadas
bastava sentar-me
bastava que as sombras me
agarrassem e me levantassem
sentir-me içado em
sombra
num navio de mastros decepados
ser sombra decepada na sombra de um cigarro
bastava saber acender uma espada...dizê-lo
fumando
numa cadeira/sentada/uma vela
bastava
não precisaria de casa nem de templo
nem de ser amado
bastava
ser osso ou ter fala
ser um porco em pranto...um parto
bastava saber ser chuva
saber procurar pelas ruas uma porta sem entrada
ser eu a vela/ser eu o cigarro...uma cadeira
bastava
ser gente de vez em quando e
atirar-me frontalmente das escadas
cair como uma sombra desenhada
nada
nada
bastava ser vela/parede/escada
projecção de luz/pequeno sol extinto/armada
bastava ter-te acesa e esta noite
fecharia os olhos sem medo
do navio de espadas