terça-feira, dezembro 21, 2004
de te reler - o espelho # 4
quando a luz era lua e o meu corpo uma pequena pérola negra/deixava-me submergir
naquelas águas negras de fumo carregando pedras nos bolsos
do gigantesco sobretudo do meu pai – xistos roubados aos muros do palácio –
deixava-me levar pela corrente suplicando a graça de um pé
casualmente preso nas algas ou a bênção de um braço algemado numa raiz aquática
nas águas daquele lago real repetia mentalmente/como um mantra
virginia woolf/virginia woolf/virginia woolf/virginia woolf
naquelas águas negras de fumo carregando pedras nos bolsos
do gigantesco sobretudo do meu pai – xistos roubados aos muros do palácio –
deixava-me levar pela corrente suplicando a graça de um pé
casualmente preso nas algas ou a bênção de um braço algemado numa raiz aquática
nas águas daquele lago real repetia mentalmente/como um mantra
virginia woolf/virginia woolf/virginia woolf/virginia woolf