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quinta-feira, dezembro 30, 2004

de te reler - o espelho # 29 

dois milhares de velas acesas depostas aos pés da estátua de fernando de bulhões
derreteram o bronze formando uma prodigiosa amálgama de retorcidas
personagens ardentes – é por um amor assim que espero/um amor que faça toda a sólida
armação óssea do corpo retorcer-se numa fornalha de velas em oferenda –
laboriosamente o escultor burucrata refez a estátua – não percebem
aquela amalgama de bronze era o verdadeiro antónio de lisboa
o amor não é da competência dos artífices de imagens beatas
o amor começa onde ao ícone acaba – por isso te rejeito/gentil ourives
do nosso afecto filigranico


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