quarta-feira, dezembro 29, 2004
de te reler - o espelho # 25
corajoso – pisaste a última pedra da escada/o maligno degrau dos julgamentos
eles vão exigir que te sintas culpado de um crime que
não cometeste e até desconheces – se provasses a tua inocência/o que
seria impossível – dar-te-iam uma taça de barro com essência de acácia
e chamar-te-iam mestre para sempre – mas acredita
serás dado como culpado e empurrado vivo para um esquife de ébano/sem te ser
concedida uma palavra – não estranhes o som macabro de um choro mudo à tua volta
– são as viúvas – os juizes – os profetas – os donos das espadas
não penses em nada/ignora a tua sorte/goza o cheiro da terra/aproveita o conforto da cova
que cavaram ao teu tamanho com tanto escrúpulo/extasia-te com a solidão dos príncipes
encantados – és um príncipe/eles não se esquecem disso – invejam-te
alguém/secretamente/tomará a tua pele em cuidados serás beijado eternamente
aproveita a doçura dos beijos eternos
eles vão exigir que te sintas culpado de um crime que
não cometeste e até desconheces – se provasses a tua inocência/o que
seria impossível – dar-te-iam uma taça de barro com essência de acácia
e chamar-te-iam mestre para sempre – mas acredita
serás dado como culpado e empurrado vivo para um esquife de ébano/sem te ser
concedida uma palavra – não estranhes o som macabro de um choro mudo à tua volta
– são as viúvas – os juizes – os profetas – os donos das espadas
não penses em nada/ignora a tua sorte/goza o cheiro da terra/aproveita o conforto da cova
que cavaram ao teu tamanho com tanto escrúpulo/extasia-te com a solidão dos príncipes
encantados – és um príncipe/eles não se esquecem disso – invejam-te
alguém/secretamente/tomará a tua pele em cuidados serás beijado eternamente
aproveita a doçura dos beijos eternos