segunda-feira, dezembro 27, 2004
de te reler - o espelho # 21
debruço-me exausto na escarpa de um sonho
– por favor faz com que não volte a adormecer –
tenho os pés frios e o corpo exangue de um amor que não apareceu
rejeito tudo/abdico do teu toque/lavo-te ajoelhado com água morna
debruço-me exausto na escarpa de um sonho
debruço-me exausto na escarpa de um sonho/meu catre
dormir é a vida sem ti – tenho asas
posso desamparar-me em queda desta escarpa
tenho asas que não saberei usar – mas
que anjo saberá florir as suas asas?
que anjo/ao cair/não trará o coração como uma pedra fechada?
– por favor faz com que não volte a adormecer –
tenho os pés frios e o corpo exangue de um amor que não apareceu
rejeito tudo/abdico do teu toque/lavo-te ajoelhado com água morna
debruço-me exausto na escarpa de um sonho
debruço-me exausto na escarpa de um sonho/meu catre
dormir é a vida sem ti – tenho asas
posso desamparar-me em queda desta escarpa
tenho asas que não saberei usar – mas
que anjo saberá florir as suas asas?
que anjo/ao cair/não trará o coração como uma pedra fechada?