segunda-feira, dezembro 20, 2004
de te reler - o espelho # 2
mando-te esta carta meu querido confidente/meu escritor
meu rosto amado de estrelas tão ferido
quero que a leias deitado e depois te toques
faz da tua mão um espelho
as minhas palavras não te levarão qualquer perdão/nem
a força de um cântico revolucionário/nada te salvará porque
nada te condena/o que te escrevo é o anúncio do fim das cores
das luzes/de tudo o que na terra brilha – o fim do ouro
meu rosto amado de estrelas tão ferido
quero que a leias deitado e depois te toques
faz da tua mão um espelho
as minhas palavras não te levarão qualquer perdão/nem
a força de um cântico revolucionário/nada te salvará porque
nada te condena/o que te escrevo é o anúncio do fim das cores
das luzes/de tudo o que na terra brilha – o fim do ouro