domingo, dezembro 26, 2004
de te reler - o espelho # 18
desiludi-te meu pequenino/coisas tão simples/não sei nada
ou talvez demais – tu olhas-me com o amor que só o amor dá ao olhar
tu desculpas-me/não culpas e é isso que me culpabiliza/quando dormias
afaguei as tuas mãos/fiz tocar os teus dedos adormecidos no meu peito de sangue
és um calor tão poderoso/tão aberto à claridade/para ti não há madrugadas – só
começos – inícios de dia/inícios de noite/beijos dados – como uma árvore/adoras
sem julgamento e é disso que tenho medo/o tempo passará
o tempo deformará esse teu clemente olhar florífero?
um dia – um dia sem data – apenas me verás/sem olhar – já não poderei – quando esse
tempo chegar – afagar as tuas pequenas mãos adormecidas e fazê-las tocar
no meu peito até estancar o sangue que inunda o tempo sem principio
que só agora começou
ou talvez demais – tu olhas-me com o amor que só o amor dá ao olhar
tu desculpas-me/não culpas e é isso que me culpabiliza/quando dormias
afaguei as tuas mãos/fiz tocar os teus dedos adormecidos no meu peito de sangue
és um calor tão poderoso/tão aberto à claridade/para ti não há madrugadas – só
começos – inícios de dia/inícios de noite/beijos dados – como uma árvore/adoras
sem julgamento e é disso que tenho medo/o tempo passará
o tempo deformará esse teu clemente olhar florífero?
um dia – um dia sem data – apenas me verás/sem olhar – já não poderei – quando esse
tempo chegar – afagar as tuas pequenas mãos adormecidas e fazê-las tocar
no meu peito até estancar o sangue que inunda o tempo sem principio
que só agora começou