segunda-feira, dezembro 20, 2004
de te reler - o espelho # 1
sou eu aqui deitado é a minha mão que segura este punhal
é o meu corpo que gela deposto sobre o mármore deste cenário
o meu cadáver ainda está quente e já alguém esculpe o meu retrato
são tão belas as glicínias e os gerânios e as flores de cheiro com
que me perfumaram a carne já morta/sinto os ossos como flechas
como pontas de cipreste arrombando
esta preciosa mortalha de rosas/é o punhal que me segura a mão
é o meu corpo que gela deposto sobre o mármore deste cenário
o meu cadáver ainda está quente e já alguém esculpe o meu retrato
são tão belas as glicínias e os gerânios e as flores de cheiro com
que me perfumaram a carne já morta/sinto os ossos como flechas
como pontas de cipreste arrombando
esta preciosa mortalha de rosas/é o punhal que me segura a mão