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segunda-feira, novembro 15, 2004

o princípio # 17 

na paragem do texto surge pálido um monge
como uma flor de granito ou um compasso
em pontas secas traçando espirais sem perfume

patético bailarino sem centro
densamente desmembrado pelo odor do sexo que dança
arqueado

bailarino rasgador do delicado hímen que o envolveu
botão de rosa derrotado
patético heterónimo de prumo
à porta da catedral

na paragem do ritmo o texto de uma rosa
e um estufim onde se encobre a rosa e o texto
na cardíaca morte do amor e
todos os laços se dissolvem como um anel roubado
ao anelar mar dos dedos

rosa estrovo que prendendo o anzol à linha
prende ao anzol da
amorosa
parte do compasso –
o aço
a ponta com que se rompe o traço
........essência de todos os perfumes passados

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