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segunda-feira, fevereiro 23, 2004

hoje no público 

"the essential is no longer visible" - Heiner Müller

morreu a cadelinha “spot”.
a leal e afectuosa cadelinha da família “bush”, morreu vítima de vergonha num hospital cijordano. a cadela, que durante quinze anos, sofreu os mais violentos atentados à dignidade canídea, tendo sido por mais que uma vez obrigada a passar revista a tropas; viajar no avião presidencial; comer perus de natal de plástico vindos do iraque, chegou mesmo ser obrigada a admitir, em conferência de imprensa, ser filha de “millie”, a também já falecida cadela de bush pai. sendo conhecido o apoio de “millie” à guerra do golfo e ao tráfico de armas entre o seu dono e os talibans, esta foi a mais duras de todas as provações por que "spot" teve de passar. nunca se conformou com as posições de direita da sua mãe, chegando a chamar-lhe vira-latas junto ao seu leito de morte.

algumas fontes anónimas, por isso fidedignas, revelaram, em carta dirigida ao procurador joão guerra, que nos últimos meses, “spot”, era obrigada a brincar com granadas com a cavilha solta. no entanto, os engenhos explosivos de fabrico caseiro, nunca chegaram a explodir. como “spot” frequentava uma igreja evangélica, onde se deleitava com as canções da portuguesa nucha, era com frequência protegida por jeová, nosso deus. a atitude suspeita dos donos obrigando a pobre cadela a ir apanhar ao lago e à piscina as ditas granadas, foi desvalorizada pela casa branca. o procurador joão guerra, apenas perguntou se na autópsia à bichinha, tinha sido encontrada alguma impressão digital de carlos cruz. washington respondeu que para evitar confusões com abortos, a família “bush” só autoriza autópsias da cintura para cima. pelo sim, pelo não, a carta foi anexada ao processo da casa pia.

deixamos as mais sentidas condolências ao cão barney e ao gato índia, que ainda se encontram nas garras da família bush na base americana em cuba.

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