quinta-feira, janeiro 15, 2004
HORA DO DIABO 57
"O fumo do meu lar, nas tardes nervosas de Outono, parece animado duma louca inspiração escultora de anjos e fantasmas." - Teixeira de Pascoaes
acredito profundamente no poder da criatividade, na maneira como a arte nos pode revolucionar, transformar. talvez poucas pessoas tenham noção do que significa escrever para quem escreve, pintar para quem pinta, compor para quem compõe. a ideia de divertimento que a maioria das pessoas tem é tão reduzida, tão medíocre. se todos pudessem experimentar no seu quotidiano essa força arrebatadora que é o desafio criador, essa extraordinária força que nos eleva e nos torna melhores, como tudo seria diferente.
tenho esperança que um dia a humanidade tenha essa possibilidade, esse encontro com o melhor que há em si e, por fim, possa descobrir que tem nas suas mãos a mais maravilhosa das ferramentas: a faculdade da comunicação. o esforço que as pessoas fazem para acreditar que se estão a divertir é de tal forma deprimente que as esgota para um encontro profundo consigo mesmas. passadas as juventudes, passadas as etílicas crises de meia idade, o que ficará de todas as vidas desperdiçadas em fugazes momentos de fuga para a frente, de cabeças enterradas na areia? pouco. os homens e as mulheres têm-se maltratado demasiado, tão desesperados, tão mortais…
se observassem a alegria, a poderosa energia que revelam os olhos de uma criança que desenha, de um adulto que fotografa, de um velho que escreve. que temos então a perder para não atacarmos de vez esta destruidora renuncia à disponibilidade para o encontro com a beleza?
acredito profundamente no poder da criatividade, na maneira como a arte nos pode revolucionar, transformar. talvez poucas pessoas tenham noção do que significa escrever para quem escreve, pintar para quem pinta, compor para quem compõe. a ideia de divertimento que a maioria das pessoas tem é tão reduzida, tão medíocre. se todos pudessem experimentar no seu quotidiano essa força arrebatadora que é o desafio criador, essa extraordinária força que nos eleva e nos torna melhores, como tudo seria diferente.
tenho esperança que um dia a humanidade tenha essa possibilidade, esse encontro com o melhor que há em si e, por fim, possa descobrir que tem nas suas mãos a mais maravilhosa das ferramentas: a faculdade da comunicação. o esforço que as pessoas fazem para acreditar que se estão a divertir é de tal forma deprimente que as esgota para um encontro profundo consigo mesmas. passadas as juventudes, passadas as etílicas crises de meia idade, o que ficará de todas as vidas desperdiçadas em fugazes momentos de fuga para a frente, de cabeças enterradas na areia? pouco. os homens e as mulheres têm-se maltratado demasiado, tão desesperados, tão mortais…
se observassem a alegria, a poderosa energia que revelam os olhos de uma criança que desenha, de um adulto que fotografa, de um velho que escreve. que temos então a perder para não atacarmos de vez esta destruidora renuncia à disponibilidade para o encontro com a beleza?