<$BlogRSDUrl$>

domingo, dezembro 07, 2003

HORA DA FÉNIX 24 - Évora e Chartres 

"O fumo do meu lar, nas tardes nervosas de Outono, parece animado duma louca inspiração escultora de anjos e fantasmas." - Teixeira de Pascoaes

(com horas de atraso devido à inoperância do blogger)

Diário de Imagens “Saudades de Antero”

Para a Isabel Nobre Santos, poetisa dos astros e Irmã d’alma.

A já aqui falada geminação entre as cidades de Évora e Chartres, fez-me observar as esculturas do Zodíaco, em Chatres e, não por mero acaso, relacioná-las com alguns textos de Michel Nostradamus.

A profecia apocalíptica não é estranha às duas cidades, nem o pensamento Joaquimita* / Franciscano, de uma nova idade, de um novo lugar e humanidade re-edificados a partir desse momento de viragem e profunda crise, após o qual se estabelecerá o império da Boa-Vontade, a Fraternidade Universal, ou Sinarquia. Quer a Catedral de Santa Maria de Évora, quer a Catedral de Chartres, contêm alguns sinais dessa etapa da vida dos homens e, de certa forma, se complementam, como se fosse um só edifício: A Catedral de Santa Maria de Évora-Chartres.

( Ter em conta a Capela dos Ossos, na Igreja de S. Francisco, Évora e Frescos das Casas Pintadas de Évora - Paço Vasco da Gama)

Janeiro
Mais o Grande não ser, chuva no carro o cristal.
Tumulto emocionado de todos os bens abundância.
Rapados, Sagrados, novos, velhos, espantalho.
Eleito ingrato, morte, lamento, alegria, aliança.

Fevereiro
Grão corrompido, ar pestilento, locustas.
Súbito cairá, lameiro novo nascer.
Cativos ferrados, ligeiros, alto baixo, onustos,
Por seus ossos mal que de rei não quis ser.

Março
Apanhados no templo, por seitas longa briga
Eleito raptado, no bosque forma querela.
Setenta partes nascer nova liga.
Da sua morte. Rei apaziaguado, notícia.

Abril
Rei salvo Vencedor, Imperador.
A fé falseada, o Real feito conhecido,
Sangue Maciano, Rei feito superador
De gente soberba, humilde por choros vindo.

Maio
Pelo despeito núpcias, epitalâmio.
Pelas três partes Vermelhos, Rapados saídos,
Ao jovem negro resposta por chama a alma.
Ao grande Neptuno Ógbios convertidos.

Junho
De casa sete por morte mortal sequência.
Saraiva, tempestade, pestilento mal, furores.
Rei d’Oriente, d’Ocidente todos em fuga
Subjugará seus outrora conquistadores.

Julho
Saqueadores pilhados, calor, grande seca:
Por demais não ser, caso não visto, inaudito.
No estrangeiro a demais grande carícia.
Nove países Rei o Oriente seduzido.

Agosto
A Urna encontrada, a cidade tributária.
Campos divididos, nova mentira.
O Hispano ferido, fome, peste militar.
Moc. Obstinado, confuso, mal, quimera.

Setembro
Virgens e viúvas, o vosso bom tempo aproxima-se.
Nada será do que se pretenderá.
Longe será preciso que seja nova aproximação.
Bem fáceis presos, bem repostos, pior terá.

Outubro
Aqui dentro se completará.
Os 3. Grande fora do BOM-BURGO estará longe.
Encontro dois um deles conspirará.
Ao fim do mês se verá a necessidade.

Novembro
Propósitos mantidos núpcias recomeçadas.
A Grande Grande sairá fora da França.
Voz na Romanha de gritar vão cansada.
Recebe a paz por de mais fingida segurança.

Dezembro
A alegria em lágrimas virá cativar Marte.
Diante do Grande ficarão comovidos Divinos:
Sem soar palavra entrarão por três partes.
Marte adormecido, por cima sino correm vinhos.”

Michel Nostradamus, “Carta das Profecias”, dirigidas a Henrique II, Rei de França.
Tradução de António Silva Lopes

*Referente ao Monge Franciscano, Padre Joaquim de Fiore.

This page is powered by Blogger. Isn't yours?